Quais são os fatores que, geralmente, levam ao distanciamento de correligionários políticos?


Insatisfação ou rebeldia?

O primeiro e acredito principal motivo para o distanciamento político é quando o governo que se apoia vai mal das pernas. É sintomático que vereadores da base aliada de algum governo que vá mal acabem batendo boca.

Nesta linha de raciocínio não encontraremos respostas para os “arranca rabos” que estão se tornando frequentes entre os vereadores que apoiam o prefeito Leonardo.

Passa longe a hipótese de que o governo de Leonardo esteja mal das pernas. Os fatos demonstram exatamente o contrário. Leonardo derrotou seu principal adversário político quando se reelegeu e os candidatos que apoiou no último pleito em 2010 foram campeões de votos.

A articulação política Câmara-Prefeitura é feita pelo Gabinete do Prefeito, mas os vereadores têm acesso direto a todos os setores administrativos. Impera o chamado trânsito livre, inclusive diretamente com o prefeito.Todos têm espaços assegurados na estrutura administrativa.

Resta-nos supor que os problemas são internos. Parece que a proximidade do pleito vindouro tem mexido com o emocional de alguns vereadores da base aliada.

Existem relatos de episódios de “ciúmes” em relação a proximidade que alguns dizem ter com o prefeito, de que comentários feitos em “off” sobre alguns assessores próximos do prefeito acabavam “vazando” por ação de algum alcagüete existente na base, enfim, picuinhas de toda sorte.

A hora é oportuna a reflexão. 

Não existe ação política neutra, então cabe aos vereadores da base observar que o adversário não está dentro do grupo e quando se joga para a galera, sem considerar inclusive as consequências para o poder executivo estão fazendo o jogo que interessa a oposição.

Mais juízo. 

Mais trabalho. 

Mais seriedade. 

Chega de pirotecnia.