O cenário político pau-ferrense dos últimos dias reflete o verdadeiro estado de inércia em que se encontram os líderes oposicionistas.
Sem um cronograma político definido, os opositores do prefeito, Leonardo Rego, "cochilam nas suas tocas" e assistem de camarote a "banda passar" (debandada de aliados) no repeteco insosso de um "filme" já bastante conhecido pela a população.
Sem alguém para remar o "barco" oposicionista com um espírito de liderança acentuado, os tripulantes começam a desejar o "fundo do mar" como abrigo seguro diante da "tempestade" que se aproxima em 2012 e os que ficam...
Ensaiam uma espécie de miscelânea de sentimentos confusos (Leia-se pânico, insegurança, acomodação, medo de naufrágio...) e que estariam relacionados a uma desconfiança quanto a capacidade de resistência da estrutura da "embarcação".
Mas, sem medo de errar, afirmo: não é a administração do prefeito, Leonardo Rego, que é eficiente, não. A oposição é que não sabe utilizar os mecanismos que dispõe para fazer um trabalho de fiscalização mais eficaz, principalmente, para mostrar à população as falhas desta administração que avança diante da omissão vergonhosa de quem deveria zelar pelos os interesses do povo.
Um exemplo claro disso está no comportamento insulso da bancada oposicionista na Câmara municipal e que atualmente é formada por apenas três vereadores (Antonio Avelino - PP, Márcio Jório - PR e Sargento Ubiratan -PP), já que Manoel Florêncio resolveu abandonar o PMDB de Nilton Figueiredo e migrar para o DEM do prefeito Leonardo.
Os edis que sobraram na oposição não procuram pesquisar (fiscalizar) como estão os andamentos de convênios realizados, não se dão ao trabalho de acompanhar a regularidade nos repasses de verbas federais, não procuram saber quais são as empresas vencedoras de licitações e a quem elas são ligadas, não tomam conhecimento dos contratos realizados por dispensa de licitação ou de quaisquer outras ações administrativas deste governo.
Também parecem não enxergar, pois até hoje não denunciaram, os possíveis casos de nepotismo na prefeitura ou até mesmo a possível existência de acumulação de cargos de maneira indevida que estaria existindo na administração municipal e bem debaixo das suas vistas. Até parece que uma cegueira generalizada acometeu os edis oposicionistas... Ou seria falta de conhecimento mesmo?
Francamente viu. Com uma bancada de oposição dessas... Qual governo não avança tranquilo, hein?
Pelo visto, aqui em Pau dos Ferros ou o Ministério Público fiscaliza e investiga as ações do Executivo no lugar da oposição... Ou o patrimônio público ficará entregue ao "Deus dará".
Depois, alguns parlamentares "metidos a galãs" dizem que a oposição não tem maioria... Que por isso os seus requerimentos não são aprovados... Ou ainda que os projetos são vetados pela bancada governista e etc. Balela!
Esse discurso não passa de um puro sofisma barato utilizado descaradamente para enganar os menos politizados. Tudo isso para escaparem do julgamento perante a opinião pública.
Na verdade, o que se observa facilmente no comportamento omisso dos parlamentares da oposição é que eles tem uma enorme capacidade para se acomodarem diante dos problemas da cidade e uma incompetência assombrosa quando o assunto é defender os interesses da população, principalmente, quando estes confrontam com os do Executivo.
Mas, afinal de contas, vocês são situação ou oposição?
Só digo uma coisa: do jeito que a "maré" está enchendo neste "mar da oposição"... Daqui a pouco vai ter "tubarão" morrendo afogado e não será por falta de aviso.
Chega de acomodação! A população pau-ferrense precisa de uma oposição forte e fiscalizadora para garantir que os seus interesses sejam colocados em primazia.
Oras... Isso é democracia!
Oras... Isso é democracia!
No jogo democrático é assim: a situação governa e a oposição fiscaliza, mas se os vereadores oposicionistas continuarem a sofrer com essas constantes crises de ideologia...
Estarão contribuindo significativamente para o avanço deste governo medíocre. Um governo que está sepultando a esperança de um povo sofrido que luta por dias melhores e menos injustiças sociais.
Como diria Alvaro Granha Loregian: "Poder fazer o Bem e não fazê-lo, não é apenas uma omissão; é uma Maldade!"