Os desmandos do Governo Rosalba Ciarlini, do DEM, são tantos que já podem ser reunidos em coletânea. Afinal, foi basicamente isso, uma coletânea, do que não fazer na administração pública que o Movimento de Combate a Corrupção (Marcco/RN) entregou na manhã de ontem na Assembleia Legislativa, para justificar o novo pedido de impeachment que a gestora estadual vai enfrentar.
Segundo informações do Jornal de Hoje, o Marcco reuniu o processo que gerou a condenação dela no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sobre o uso do avião do Estado para participar da campanha mossoroense; as quatro ações civis públicas ingressadas pelo Ministério Público do RN pedindo a condenação de Rosalba Ciarlini por improbidade administrativa e, também, outras 27 condenações que o Governo Rosalba já sofreu na Justiça Comum e, simplesmente, não cumpriu nenhuma.
Além das ações no âmbito da Justiça Estadual, há também o caso já julgado e condenado na Justiça Eleitoral. Mais precisamente, o que provocou a condenação de Rosalba Ciarlini por usar o avião oficial do Estado para ir a Mossoró, em 2012, participar da campanha de Cláudia Regina.
O Marcco também recebeu, do Ministério Público do RN, as ações civis públicas ingressadas na Justiça contra a governadora. Essa que diz respeito ao corte no orçamento dos poderes; uma que trata sobre a desorganização da Fundac e, ainda, a que fala sobre a "maquiagem" feita por Rosalba na destinação de recursos para a Educação, acrescentando nos cálculos, também, os pagamentos feitos a aposentados e pensionistas, o que seria irregular.
Segundo o presidente do Marcco, Carlos José Cavalcanti, a "coletânea" de ações que embasaram o pedido de impeachment foi consequência de, aproximadamente, seis meses de trabalho. "O Marcco não tem poder para propor ações, por isso, estamos buscando a Assembleia Legislativa para apresentar esse pedido de impeachment a Assembleia Legislativa, para que ela sim tome as medidas que achar cabíveis", afirmou Cavalcanti.