Denúncias de Ex-diretor da Petrobras abalam campanha de Henrique Alves no RN.


O Jornal de Hoje destaca que antes de aceitar o acordo de delação premiada, o Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, antecipou o efeito devastador de suas denúncias: "Se eu falar, não vai ter eleição". Temendo sair como o único prejudicado após as revelações de propina e corrupção dentro da estatal, o executivo decidiu relatar à Polícia Federal como e com quem agiu e, conforme a Revista VEJA revelou na edição desta semana, trouxe uma lista de três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais que embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. 

As denúncias atingem, direta ou indiretamente, ao menos quatro candidaturas a governos estaduais. No Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Alagoas e Maranhão a corrida eleitoral deve ganhar novos contornos após ter nomes de candidatos ou herdeiros políticos citados por Costa.

Um dos envolvidos é o mais antigo deputado da Câmara dos Deputados e atual presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Para a sua primeira disputa ao governo potiguar, ele montou uma ampla base de apoio e conseguiu assumir a liderança nas pesquisas: tem, atualmente, 40% de intenções de voto, de acordo com o Ibope. 

O candidato se apressa para evitar que as denúncias respinguem sobre seu projeto eleitoral. "Nunca pedi nem recebi quaisquer recursos do Paulo Roberto Costa. As insinuações publicadas, de forma genérica e sem apresentar evidências sobre o meu nome, não podem ser tomadas como denúncia formal nem fundamentada", disse, em nota, no último sábado (06). 

Henrique Alves afirmou ainda que não há provas contra ele e apontou para uma possível manipulação do episódio na campanha eleitoral.

Entenda o caso

O ex-diretor de Abastecimento agia em parceira com o doleiro Alberto Yousseff, considerado pivô do megaesquema de lavagem de dinheiro. Os dois comandaram a ação, descoberta na operação Lava Jato da Polícia Federal, com movimentação superior a 10 bilhões de reais, em que foram desviadas verbas da estatal para o bolso de políticos e partidos. 

O caso veio à tona em março deste ano e, com detalhes ainda mais contundentes revelados a um mês das eleições, deve incendiar ainda mais a campanha eleitoral.

Confira abaixo uma reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, sobre o assunto: