Embora ainda não esteja totalmente consolidada, muito se tem falado nas ruas e esquinas de Pau dos Ferros sobre a possibilidade de formalização de uma aliança entre os grupos liderados pelo ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB) e pela ex-vice-prefeita Maria Rêgo, mãe do prefeito Fabrício Torquato (PSD), com vistas ao pleito de 2016, fato que poderá viabilizar o projeto de candidatura à reeleição do gestor municipal.
Para alguns observadores do cenário política local, a aliança entre os grupos de Nilton Figueiredo e Maria Rêgo vai além das conveniências ideológicas, pois, torna-se necessária a partir de uma realidade implacável imposta aos situacionistas: a acentuada desaprovação popular da gestão do prefeito Fabrício Torquato e, consequentemente, a fragilidade do seu capital eleitoral.
Só para se ter uma ideia, recentemente, em uma entrevista concedida à Rádio AM Cultura do Oeste, o ex-prefeito Leonardo Rêgo revelou números de uma avaliação interna dando conta de que apenas 8% da população encaravam Fabrício Torquato como líder administrativo, e que esse número representava metade do índice alcançado pelo grupo do médico Nilton Figueiredo que, apesar de estar inelegível, ainda figura como a segunda liderança política da cidade.
Desta forma, têm-se que se não houver uma aliança entre os grupos de Nilton e Maria, dificilmente o Prefeito Fabrício terá condições sequer de disputar o pleito de 2016, quanto mais sonhar com a reeleição. Além disso, a realidade implacável também evidencia que, mesmo agrupados, ambos poderão "morrer abraçados", haja vista a situação aparente de ampla vantagem da pré-candidatura de Leonardo Rêgo.
Só para relembrar, no ano de 2004, o médico Nilton Figueiredo governava Pau dos Ferros com índices elevados de desaprovação e sua candidata à sucessão Maria Rêgo, mãe do atual Prefeito Fabrício, foi derrotada nas urnas por Leonardo Rêgo que, na época, tornou-se o prefeito eleito mais jovem da história do município com apenas 28 anos, suplantando um grupo bastante estruturado formado por grandes empresários, médicos e advogados amparados pelo suporte da máquina pública municipal.
Agora, supõe-se que, como o Leonardo Rêgo de hoje já não é mais o "menino desconhecido" de outrora e os grupos de Nilton Figueiredo e Maria Rêgo são parceiros da inoperância administrativa atual, o desfecho das eleições municipais de 2016 poderá soar como uma espécie de remake (nova versão de uma história ou filme já conhecidos) com, praticamente, os mesmos personagens.
Como dizia o escritor irlandês Oscar Wilde: "A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida."
