Foram quase 10 (dez) meses de "lua de mel". Mas, esse rápido período de tempo foi o suficiente para que a senadora Fátima Bezerra (PT), incentivada por seus apaniguados mais próximos da corrente "Avante Brasil" (Uma espécie de facção organizada dentro do dividido PT do RN), resolvesse entregar os cargos do Governo do Estado que estavam sendo ocupados por pessoas de sua estrita confiança na Fundação José Augusto (Veja AQUI).
A justificativa para a entrega dos cargos, apesar de aparentemente razoável, soa como clichê: falta de autonomia.
Com isso, têm-se que, a partir de agora, Fátima Bezerra deverá iniciar um processo de distanciamento político gradativo do governador Robinson Faria (PSD), inclusive, podendo culminar futuramente com uma candidatura da petista ao Executivo estadual, em 2018, como já previam alguns analistas atentos à aliança circunstancial selada entre os dois em 2014.
Todavia, como parte do PT potiguar continua ocupando espaços dentro do Governo Robinson, me refiro à ala comandada pelo deputado estadual Fernando Mineiro, ao menos por enquanto, os discursos que indiquem um rompimento completo serão estrategicamente contidos, pois, no ano vindouro, ocorrerão eleições municipais e, como o próximo pleito estadual ainda está distante, o jogo do "faz de conta" do grupo petista remanescente deverá continuar em nome de conveniências pontuais.
Enquanto isso, o "PT de Fátima Bezerra" deverá seguir rompido nos bastidores com Robinson Faria, e o "PT de Fernando Mineiro" aguardando o momento oportuno para deixar o Governo do PSD.
Só não vê quem não quer!
