Pau dos Ferros: Câmara Municipal poderá ficar sob o comando do futuro grupo de oposição ao novo governo. Com abertura de diálogo, prefeito eleito poderá atenuar desvantagem numérica.

Mesmo ainda faltando mais de um mês para ser deflagrada a escolha da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Pau dos Ferros, muitas são as especulações em torno do assunto que, ao meu ver, caminha para um desfecho pragmático.

Como o grupo político do prefeito eleito Leonardo Rêgo (DEM) só conseguiu eleger cinco representantes para as onze vagas disponíveis no Poder Legislativo, obviamente as outras seis serão ocupadas por seus adversários políticos que, se permanecerem unidos, poderão "casar e batizar" quanto à formação da Mesa Diretora.

Neste caso, dizem que os nomes dos vereadores eleitos Eraldo Alves (PSD) e Hugo Alexandre (PTN) são os favoritos para presidir, respectivamente, a Câmara Municipal durante os próximos quatro anos.

Claro que, em política, nenhum cenário deve ser encarado como estático. No entanto, poucas são as chances para que ocorra uma reviravolta.

Contudo, na noite desta segunda-feira (21), ouvi atentamente conjecturas quanto à possível desistência de um parlamentar eleito que, pasmem, desistiria de assumir a vaga, em função de interesses que não poderei mencionar aqui, para dar a vez a um suplente. O que seria dado em troca? Há, se meus dedos pudessem falar!

De qualquer forma, fiquemos com as argumentações mais pragmáticas, pois, de especulações aleatórias a política local já está farta.

Qual o reflexo da confirmação deste cenário para o novo governo?

É inegável que nenhum gestor deseja governar com minoria na Câmara, e o próprio Leonardo Rêgo enfrentou muitas dificuldades em seu primeiro mandato (2005-2008) em função da oposição linha dura que enfrentou de alguns edis imaturos politicamente, embora idosos na idade.

Porém, creio que, até pela experiência que adquiriu, Leonardo está capacitado para contornar entraves e abrir diálogo com os integrantes da nova legislatura. Até porque, o vereador que se recusar a aprovar projetos que beneficiem a população não terá vida longa na política.

Mas, aguardemos... o tempo dirá!