Apesar do histórico sinistro, "nova" oposição de Pau dos Ferros promete fiscalizar ações do Executivo com responsabilidade.

Em Pau dos Ferros, o processo de transição política já foi iniciado nas principais esferas, diga-se de passagem, afetando até comportamentos de alguns no âmbito pessoal e quebrando verdadeiros paradigmas na postura profissional de outros. 

Ao visualizar alguns comentários nas redes sociais, constatei que, de repente, quem detestava o jornalismo combativo e fiscalizador nas ações do Poder Executivo passou a enxergar com "outros olhos" essa possibilidade, inclusive vislumbrando tal postura no que tange às ações da nova gestão que terá início em 1º de janeiro de 2017.

O interessante é que, até pouco tempo, tais cidadãos não comungavam dessa ideia e até achincalhavam quem a praticasse. Mas, agora, ante a reviravolta no cenário político local, já tem "soldadinhos virtuais" se preparando para detonar qualquer equívoco que possa acontecer durante o transcurso da nova administração, movidos simplesmente por um sentimento mesquinho de revanchismo.

Politicagens à parte, eis que uma nova bancada de oposição também se desenha no Poder Legislativo. Alguns nomes são novos no que se refere à idade, outros nem tanto. Todavia, quase todos fizeram parte de uma oposição ferrenha à figura política do prefeito eleito Leonardo Rêgo (DEM) nos últimos anos e que, notadamente, só saiu ileso às perseguições graças à consagração nas urnas que lhe foi conferida pela maioria da população.

No entanto, os integrantes da "nova" oposição no Legislativo estão prometendo mais responsabilidade no modo de fazer política na principal cidade do Alto Oeste potiguar, apesar do passado sinistro que acompanha os adversários do futuro prefeito.

Apesar de estar um pouco cético quanto às declarações balbuciadas em alguns veículos de comunicação, torço para que as promessas dos oposicionistas não passem de falácias, afinal, Pau dos Ferros precisa voltar a crescer, urgentemente.

Neste caso, se nos próximos quatro anos a "nova" oposição no Legislativo, pelo menos, não atrapalhar as ações do Chefe do Executivo demonstrará que o amadurecimento político é real, não apenas um engodo momentâneo.

De qualquer forma, nunca esteve tão aplicável uma conhecida máxima como agora: "Muito ajuda quem não atrapalha."

Agora, resta-nos esperar pelo tempo; ele é o senhor da razão.