São Francisco do Oeste: Extratos bancários revelam que gestão Gildene Barreto priorizou apaniguados e fornecedores; pagamento dos servidores públicos não foi prioridade.

Na cidade de São Francisco do Oeste, a assessoria jurídica e contábil do prefeito Lusimar Porfírio (PSD) constatou que não passaram de falácias as declarações da ex-prefeita Gildene Barreto (PTB) de que havia deixado dinheiro em caixa, algo que não condiz com a realidade implacável que foi imposta aos servidores públicos, que tiveram os seus salários atrasados.

De posse de extratos bancários referentes aos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017, que inclusive estão disponíveis para consultas públicas na sede da prefeitura, os auxiliares do atual prefeito verificaram que nos dois últimos dias úteis da gestão Gildene Barreto o município recebeu R$ 696.576,81 (Seiscentos e noventa e seis mil quinhentos e setenta e seis reais e oitenta e um centavos) referente a FPM e repatriação, conforme demonstrativo do Banco do Brasil e extratos bancários disponibilizados.

Confira na imagem abaixo:

Acontece que a ex-prefeita destinou quase todo o dinheiro público que havia na conta do FPM para efetuar o pagamento de fornecedores, deixando em segundo plano os salários dos servidores municipais, apesar do Ministério Público de Contas do Rio Grande do Norte ter expedido recomendação em 27 de Dezembro de 2016 para que os prefeitos utilizassem os recursos da repatriação, preferencialmente, para o pagamento do 13º salário, e o salário de Dezembro daquele ano.

De acordo com os dados levantados, somente o valor pago a um dos fornecedores (R$ 221.702,66) já seria suficiente para sanar as pendências junto ao funcionalismo municipal que, obviamente, deveria ter sido tratado com prioridade. 

Contudo, aparentemente, a senhora Gildene Barreto se preocupou apenas em deixar alguns fornecedores de "bolsos cheios", em detrimento dos servidores.


É bem verdade que alguns poderiam argumentar que a primeira parcela do FPM, creditada em 10/01/2017, de fato, correspondia ao exercício financeiro de Dezembro de 2016, e que poderia ser utilizada pelo Prefeito Lusimar para pagar a folha salarial de dezembro. 

No entanto, em virtude de dívidas com a Previdência Social, contraídas durante o mandato da ex-prefeita, foi descontado o montante de R$ 145.585,53 (cento e quarenta e cinco mil reais quinhentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e três centavos), restando um saldo de apenas R$ 17.203,75 (dezessete mil, duzentos e três e setenta e cinco centavos).

Além de todo o festival de gastos com dinheiro público, a gestão Gildene Barreto também agendou transferências bancárias para pagar os salários de algumas pessoas que ocupavam cargos comissionados em sua gestão, apesar do quadro de insuficiência financeira afetar diretamente os funcionários efetivos.

Diante dos fatos narrados acima, nota-se claramente que a ex-prefeita Gildene realizou diversas manobras que prejudicaram o erário, possivelmente, para dificultar as ações administrativas iniciais do seu sucessor Lusimar Porfírio. 

Além disso, ela permitiu que diversos serviços essenciais ofertados à população fossem paralisados, deixando o município em situação de calamidade.


Diante deste pitoresco cenário de completo desmantelo administrativo, o prefeito Lusimar está trabalhando dobrado para reorganizar as finanças do município e, consequentemente, colocar ordem na casa. 

Em relação aos servidores, o gestor tem deixado claro que buscará mecanismos para tentar regularizar os pagamentos atrasados (apesar de serem responsabilidade do governo anterior), mas ainda não há uma definição concreta. Certo mesmo é que os salários de janeiro serão efetuados normalmente.

Assim está o cenário na "terra de Salamandra": repleto de entraves administrativos, porém, com uma nova gestão empenhada no sentido de transpor os obstáculos.

Aguardemos pelos desdobramentos....