No RN, Polícia Federal já algemou Henrique Alves, "visitou" Robinson Faria e agora está implicando José Agripino. Quem será o próximo?

Leio em quase todos os jornais, sites e blogs do país que a Polícia Federal resolveu indiciar o senador José Agripino Maia (DEM) em um inquérito que apura se o parlamentar recebeu propina da Construtora OAS.

De acordo com relatório da PF, o senador José Agripino teria recebido R$ 2 milhões da OAS como propina por ter feito articulações junto ao BNDES para a liberação de recursos da construção da Arena das Dunas.

"Diante dos suficientes indícios de materialidade e autoria, foram então imputadas as condutas de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro ao Senador José Agripino Maia; lavagem de dinheiro a Raimundo Alves Maia Júnior; Corrupção ativa a José Aldemário Pinheiro Filho; além de crime de prevaricação a Carlos Thompson Costa Fernandes – Conselheiro do TCE/RN à época dos fatos", informou a Polícia Federal.

Vale salientar que José Agripino apresentou uma versão contrária às acusações da Polícia Federal, inclusive, arrazoando que ele não gozava de prestígio junto ao Governo Federal, na época administrado pelo PT, para engendrar tamanha 'negociação' de bastidores.

Isto posto, resta-nos aguardar pelo desenrolar do aprofundamento das investigações. Todavia, frise-se que, a partir do registro lamentável do suposto envolvimento de mais um político potiguar em irregularidades com recursos públicos, definitivamente, o RN virou destaque negativo na imprensa nacional com o enodoamento de quase toda classe política local.


Ademais, depois que a Polícia Federal algemou o ex-ministro Henrique Alves (PMDB), cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis do governador Robinson Faria (PSD) e, agora, passou a implicar o Senador José Agripino, fica no ar uma sensação estranha que, inevitavelmente, gera um questionamento mútuo: quem será o próximo?

Salve-se quem puder! Mas, quem for honesto, nem precisa se preocupar.

O sábio Rei Salomão foi preciso quando escreveu em Eclesiastes: "O sono do trabalhador é ameno, quer coma pouco quer coma muito, mas a fartura de um homem rico não lhe dá tranquilidade para dormir."