Ao longo de várias décadas o RN foi administrado por duas importantes oligarquias políticas, representadas pelas famílias Alves e Maia. Neste período, não havia espaço para a alternância de poder no comando do Estado. Só que, com o passar do tempo e, consequentemente, o amadurecimento político da população, a supremacia destes clãs arrefeceu, o que acabou gerando mais oportunidades para o surgimento de outras figuras políticas do RN.
No entanto, diante do atual quadro de caos administrativo que impõe sérios riscos de falência à máquina pública estadual, além da ausência de novos nomes no tabuleiro político que pudessem tirar o nosso Estado da bancarrota, especula-se o avanço de um conluio entre os senadores Garibaldi Filho (MDB) e José Agripino (DEM) para tentar convencer o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), a deixar o comando do Executivo da capital e, posteriormente, se aventurar numa candidatura ao Governo do RN.
Neste fim de semana, o próprio senador Agripino fez questão de externar essa aproximação com o gestor natalense, quando participou de vários compromissos administrativos ao lado de Carlos Eduardo. "Fui convidado e compareci porque as obras tiveram minha participação.
Fui várias vezes com ele viabilizar os recursos junto ao Ministério das
Cidades. Minha proximidade com ele é real, mas não é de agora, fiz parte
da campanha dele em 2016 e isso não é novidade para ninguém", admitiu.
Pelo que estamos visualizando, um novo "acordão" vem por aí. E, ao que parece, tal conchavo ardiloso não objetiva apenas garantir a sobrevivência política da dupla Gari/Jájá, mas, também, o retorno pra valer de um cacique da família Alves à governadoria, algo que simbolizaria um tremendo retrocesso histórico.
Resta-nos aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos. O tempo dirá se o povo cairá, mais uma vez, nessa trama.
De dentro da cadeia, Henrique Alves é só torcida!