Rafael Fernandes: Justiça Eleitoral indefere o registro de nove candidatos a vereadores; ilicitudes na convenção dos candidatos Sigmá e Jório "derrubaram" apenas os nomes do PROS.

O juiz da 65ª Zona Eleitoral, Dr. Flávio Roberto Pessoa de Morais, indeferiu nessa sexta-feira, de 16 de outubro, os registros de 09 candidaturas de nomes filiados ao Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que compõe a Coligação "União e Compromisso com o Povo", encabeçadas por Sigmá (PSDB) e Jório (PL).

Como foi noticiado por este blog dias atrás, ocorreram supostas irregularidades na convenção partidária realizada no dia 15 de setembro, ocasião em que foram constatadas, através da análise das DRAPS (Demonstrativo de Regularidades de Atos Partidários), documento que precede o registro do pedido de candidatura dos partidos políticos e o RRC (Documento de Registro de Candidatura) nos três partidos: PSDB, PL e PROS que fogem descaradamente do que a Justiça Eleitoral exige.

Segundo o entendimento do Juiz Titular da 65ª Zona Eleitoral, o Sr. João Daniel Gomes Alves não tinha legitimidade para representar o partido nos trabalhos convencionais. Em verdade, nenhuma das pessoas responsáveis pelos trabalhos da suposta convenção são membros do PROS, mas, sim do Partido Liberal (PL).

Apesar da decisão ainda caber recurso, a chance de reversão é mínima, tendo em vista que são erros formais que não poderão ser sanados, dada a impossibilidade de fazer uma nova convenção. E ainda que os candidatos indeferidos mantenham suas campanhas sob recurso, os votos dados a eles serão considerados nulos, detalhe: no momento da apuração.

Diante da decisão do juiz Dr. Flávio Roberto Pessoa de Morais, cabem as seguintes indagações:

1º - Por que somente os candidatos do Partido PROS tiveram suas candidaturas indeferidas?

2º - Por que o tesoureiro do Partido Liberal (PL), João Daniel Gomes Alves, pessoa ligada diretamente a Jório, ficou responsável pela documentação de um partido que o mesmo não fazia parte?

Em verdade, o que está correndo a "boca miúda" na cidade de Rafael Fernandes é que este indeferimento poderá beneficiar a outra banda de candidatos oposicionistas, que é liderada pelo candidato a vice-prefeito, Jório César. Todavia, este assunto é uma querela interna a ser discutida no seio do grupo de oposição.

Vale salientar que o Presidente da Câmara, Jório César, ficou marcado negativamente pela "traição" ao grupo situacionista e pela sua comentada ganância insaciável pelo poder, já que, pelo que dizem, ele tentou arquitetar diversas "tramas" para perseguir e prejudicar o atual prefeito Bruno Anastácio (DEM), inclusive, seu aliado até pouco tempo atrás.

Agora, embasado nas vozes das ruas e conversas em redes sociais, o caminho está livre para que Jório César possa tentar emplacar as candidaturas de seu "real grupo político", sobretudo a postulação de sua esposa, Desi Oliveira.

É como dizem: O pior inimigo é aquele que convive do seu lado e te chama de amigo.