De acordo com o jornalista César Santos, do Jornal de Fato, ao escalar o "muro do acanhamento", o prefeito Allyson Bezerra oferece o seu espaço político para os adversários que têm posição, e que estão nas ruas da cidade pedindo votos para Lula ou Bolsonaro. Desta forma, o gestor estaria correndo o risco de ser atingido pela máxima que diz: "time que não entra em campo, não tem torcida".
O prefeito mossoroense tem sofrido críticas de todos os lados, inclusive, dentro do próprio grupo que deu sustentação à sua campanha eleitoral vitoriosa de 2020. A fala do advogado e ex-vereador Tomaz Neto que circula nas redes sociais, onde ele faz duras críticas ao prefeito, é uma sinalização de que as consequências podem ser duríssimas.
Tomaz, que foi da linha de frente da campanha de Allyson à Prefeitura de Mossoró, disse que o prefeito assumiu uma postura de "covardia", abrindo mão da posição de "homem e político". Ele, inclusive, credita o insucesso dos candidatos de Allyson a deputado federal e estadual (Lawrence Amorim e Soldado Jadson) à "neutralidade" no que diz respeito à disputa pelo Governo do RN e Presidência da República.
O eleitor de Mossoró vai às urnas daqui a duas semanas para escolher o presidente da República. O seu voto não terá qualquer influência do chefe do Executivo.
"E, sem participar do processo democrático, fugindo de sua responsabilidade, o prefeito Alysson transfere essa missão para outros", pontuou César Santos.