Para alguns políticos, quando a derrota é vergonhosa o "escape" é o fundo de uma rede e o isolamento social é consequência da falta de perspectivas futuras.

Recentemente, em entrevista à Rádio Obelisco FM, ao comentar sobre as reações simultâneas de vencedores e perdedores, o deputado estadual reeleito Galeno Torquato (PSDB), sem citar nomes, deixou escapar que tinha gente encarando a situação vexatória em "fundo de rede", em uma clara referência àqueles que pensavam que iriam arrasar nas urnas, mas terminaram arrasados emocionalmente com a decepção da derrota.

É claro que fica difícil saber com exatidão a quem Galeno Torquato estava se referindo especificamente, porém, segundo informações de fontes seguras, no Alto Oeste potiguar tem "dinossauros" e "filhotes de dinossauros" da política que desde a noite de 02 de outubro estão buscando o isolamento social como "válvula de escape" para amenizar a claríssima ausência de perspectivas futuras.

Em um trecho de uma música do famoso cantor Fábio Júnior diz que: "um campeão se mostra na derrota, na força pra lutar quando já cansou".

Contudo, pelo que estamos sabendo, tem gente até experiente que além de não saber lidar emocionalmente com o resultado adverso das urnas, resolveu não mais cumprir compromissos, atender telefonemas até de aliados e, agora, estão agindo como se todos fossem culpados pelo fiasco eleitoral, detalhe: consequência de erros e omissões dos próprios derrotados, seja por causa do "sapato alto" em pleno período eleitoral ou por terem deixado suas campanhas serem conduzidas por assessores antipatizados e ultrapassados do ponto de vista estratégico.

O fato é que se realmente existem políticos em "fundo de rede" por causa da vontade popular, não há motivos para os tais se entregarem ao pessimismo ou melancolia e, tampouco, virar as costas para quem mais lhes ajudaram.

Felizmente ou infelizmente, são nesses momentos que conhecemos quem é quem.