Já estamos em meados de setembro, há menos de 1 ano para a deflagração das campanhas eleitorais. Tradicionalmente, quem faz parte de um grupo de oposição resta ficar na mera expectativa pelo acompanhamento do desempenho administrativo por parte dos atuais gestores; já estes começam a olhar para o futuro de forma mais contumaz, sobretudo no que se refere a buscarem suas respectivas reeleições. Inicia-se uma espécie de "corrida contra o tempo".
A maioria ainda consegue utilizar a máquina pública para continuar no poder, mas, nem todos alcançam a mesma sorte. O motivo? Existem vários. No entanto, a letargia na entrega de obras antigas e a intensificação do início de outras obras, que dificilmente serão concluídas antes de pleito, tem deixado o eleitor desconfiado com o marketing em torno desta temática. Em verdade, de forma geral, a população já sabe que para um gestor iniciar uma obra é fácil; visualizar a conclusão é a grande questão.
Em algumas cidades, já vimos até políticos inaugurando obras inacabadas, só para posarem em fotografias com o objetivo de promover uma ampla publicidade nas redes sociais. Depois, o sucessor que "dê seus pulos" para, de fato, entregar a benfeitoria à população. Isso é uma vergonha!
Todavia, faz parte do marketing político transformar a cidade em um "canteiro de obra" nesta época. A memória do eleitor é curta e, claro, não se pode correr o risco dele não se lembrar de algo importante feito no início do mandato. E o pior é que, em alguns lugares, isso dá certo. Gestores ficam mais de três anos enrolando, sem nada fazer, mas se trabalha no final, cai no gosto do eleitorado e volta para mais quatro anos no poder.
Essa é a democracia brasileira. A memória curta e a falta de informação do eleitor perpetuam no poder o político enrolão. Está na hora do povo colocar um ponto final nesta situação. Somente a força do voto livre e consciente da população muda o destino de uma nação, estado ou cidade. Reflitam!