Acabou a greve da UERN... Não os problemas


De acordo com o presidente da Associação dos Servidores da UERN (Aduern), professor Flaubert Torquato, a categoria considerou que não havia mais condições de negociar com o governo. 

O professor garantiu que a decisão não partiu de uma proposta do Governo, mas, mesmo assim, a associação acredita que alguns dos pontos da pauta do movimento grevista conseguiram resultado positivo. 

A reposição salarial conquistada é de 27,7%, quase 4% maior do que solicitado no início do movimento. O aumento será feito de forma escalonada em três anos. Os pagamentos serão feitos 10,65% em 2012, 7,43% em 2013 e os 7,43% restantes em 2014, representando um total de R$ 34 milhões ao longo desses três anos.

De acordo com o presidente da Aduern, o reitor da Universidade garantiu que Governo vai iniciar o descontingenciamento da verba da UERN, os primeiros repasses devem ainda ser acrescidos de R$ 1 milhão para custeios e R$ 2 milhões para investimentos.

Com o fim da paralisação, a pró-reitoria da UERN trabalha agora na elaboração de um novo calendário acadêmico. A greve atingiu 34 dias letivos do primeiro semestre de 2011, que deverá agora ser concluído até o fim do mês de Outubro.

O segundo semestre deve começar no início de Novembro com o término para o mês de Março. "Diferente do que andam insinuando há um compromisso do corpo docente de cumprir os 100 dias letivos de ambos os semestres que foram prejudicados pelas greves", reforça o professor Flaubert.

Mesmo com a decisão de voltar às atividades, os servidores garantem que a luta continuará, agora concentrada na elaboração de um novo modelo de financiamento para a Universidade. 

De acordo com o novo modelo de gestão do Governo do RN, professores, funcionários e alunos da UERN devem formar uma mesa constante de negociação para a evolução das condições de investimento, infraestrutura e salário da instituição.