Em Assu, Ivan Júnior exonerou servidores comissionados para escapar da crise. Em Pau dos Ferros, Fabrício Torquato protege apaniguados e ignora concursados.


O prefeito de Pau dos Ferros, Fabrício Torquato (PSD), bem que poderia seguir o exemplo do colega Ivan Júnior (PROS), que está cumprindo o seu segundo mandato como prefeito do município de Assu. Por lá, foram exonerados 11 secretários e 311 servidores comissionados em virtude da preocupação do gestor municipal com equilíbrio financeiro dos cofres públicos. Os cortes só não ocorreram em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e social.

Já em Pau dos Ferros, Fabrício Torquato segue segurando os seus apaniguados políticos em cerca de 270 cargos comissionados, números que, segundo informações, representam um impacto de gastos suficiente para comprometer metade da folha de pagamento da prefeitura.

Deste modo, têm-se que o Chefe do Executivo pau-ferrense não está tão preocupado com a crise financeira, afinal, não se tem o registro de notícias ou sequer a existência de rumores que possam sinalizar algo neste sentido. Pelo contrário, pois, pelo que dizem, em meio aos arranjos políticos de bastidores, a possibilidade de novas nomeações estão em fase de planejamento.

Enquanto isso, os inúmeros apelos dos candidatos aprovados no concurso público realizado pelo município estão sendo ignorados, já que recentemente o Prefeito Fabrício anunciou a adoção de uma manobra administrativa que culminará com o protelamento da convocação dos novos servidores (Relembre AQUI). 

Vale salientar que o número de funcionários comissionados lotados na Prefeitura de Pau dos Ferros são impressionantes não só do ponto de vista quantitativo, mas, também, em termos proporcionais, pois, se levarmos em consideração que os 311 demitidos em Assu estão inseridos num contexto populacional de 53.227 habitantes, quase o dobro da população da cidade alto-oestana, facilmente identificaremos que, aparentemente, resolveram transformar a municipalidade num verdadeiro "cabide de empregos". 

Mas, há quem diga que está tudo bem, seguindo a 'cartilha da subserviência'.

Pelo visto, crise mesmo só existe para quem rejeitou a ideia de ajoelhar-se às benesses do poder, preferindo manter a integridade moral. Quanto ao resto, sobram indícios de recebimento de favores públicos e, também, falta de vergonha na cara!

Que lástima!