Repressão: Por buscarem liberdade para exercer cidadania, cargos comissionados começam a ser exonerados da gestão Fabrício Torquato.


Soa como um tremendo papo furado o chavão criado pelo marketing da campanha do prefeito candidato à reeleição, Fabrício Torquato (PSD), enaltecendo a "força do voto livre" da população, já que, de forma contraditória, nos últimos dias, o Diário Oficial do Município publicou a exoneração de alguns servidores comissionados, curiosamente, após estes manifestarem publicamente o desejo de votar no candidato da oposição, Leonardo Rêgo (DEM).

Detalhe: somente nesta sexta-feira (16) foram três exonerações, todas elas sob suspeitas de mera perseguição.

O mais interessante é que para justificar as demissões, claramente por motivações políticas, é suscitado o direito discricionário do gestor de manter no cargo somente as pessoas de sua mais irrestrita confiança, algo legal do ponto de vista jurídico, mas completamente imoral se levarmos em consideração que tais exonerações não utilizam como parâmetro o aspecto da eficiência técnica do servidor, apenas seu posicionamento político e de caráter pessoal.

Diante de tamanha repressão, é compreensível que alguns continuem a acompanhar o pleito eleitoral de forma discreta, afinal, conseguir emprego está difícil e, notadamente, no âmbito da esfera administrativa municipal, se alguém optar pela Liberdade ficará desempregado, restando a única opção de aguardar pelas bonanças que, possivelmente, virão com as "chuvas de janeiro".

Apesar de tudo, acredita-se que as táticas 'coronelistas' não tem surtido muito efeito, pois, pelo que dizem, nos intramuros do Poder Executivo muitos ainda aguardam caladinhos pelo momento certo para revidar à "mordaça institucional", sem temores quanto às desconfianças e ameaças veladas nos corredores da municipalidade.

Sem dúvidas, este é o retrato da "velha política" que deseja se instalar, definitivamente, em Pau dos Ferros.

Cruz credo!