Quem é o "Homem Bomba" que deixou a prisão e promete "cabuetar" deputados envolvidos em fraudes na Assembleia Legislativa?

O clima é de bastante apreensão nos corredores da Assembleia Legislativa, embora a desfaçatez de alguns espertalhões surrupiadores do dinheiro público não deixe transparecer o temor pelo perigo iminente.

O causador deste cenário de imprevisibilidade atende pelo nome de: Gutson Jonhson Giovany Reinaldo, um advogado que foi diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e liderava um esquema de corrupção no órgão, motivo pelo qual foi condenado a 17 anos de prisão.

Na última segunda-feira (19), os advogados de Gutson Reinaldo conseguiram que o seu cliente fosse beneficiado com uma sentença proferida pelo juiz Henrique Baltazar, juiz de Execuções Penais do RN, que lhe impôs prisão domiciliar, porém, uma punição bem mais suave que ficar dormindo no xilindró. Ele já havia cumprido um ano e 3 meses da pena.

Mas, o que causa temor nos bastidores da política potiguar é o fato de que por trás da liberação de Gutson há um acordo dele com com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Ministério Público Estadual (MPE), através de um "termo de colaboração premiada".

Segundo informações, ele se comprometeu a delatar nomes, "inclusive agentes políticos que tenham praticado ilícitos", e entregar documentos de envolvidos em fraudes financeiras na Assembleia Legislativa potiguar e Idema, em troca de benefícios, como a redução de pena de 17 anos e um mês. Se as acusações das delações forem confirmadas, ele poderá responder ao processo em liberdade.

O mais intrigante é que era na Assembleia Legislativa que a mãe de Gutson Reinaldo, a ex-procuradora-geral Rita das Mercês Reinaldo ditava as regras até ser presa durante a "Operação Dama de Espadas", que investiga desvios da ordem de R$ 5,5 milhões em cheques-salário no âmbito do Legislativo potiguar.

No acordo, o ex-diretor administrativo se compromete a identificar autores, coautores e participantes das diversas organizações criminosas supostamente envolvidas na "Operação Candeeiro" e na "Operação Dama de Espadas", deflagradas com duas semanas de diferença, em 2015.

Ouvidos no chão, pois, pelo que comentam nos bastidores, tem deputado estadual com forte influência na região se "pelando" de medo do "chumbo grosso" que poderá vir por aí...

Aguardemos!