Governadora Rosalba Ciarlini cobra fim da greve na educação


A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) cobrou, ontem, o fim da greve dos professores da rede estadual, que já dura 68 dias. 

"Precisamos realmente que os professores retornem às aulas, para assim continuarmos a conversar, como teremos que fazer nos próximos quatro anos", disse Rosalba. 

Os professores que ainda não recebiam o piso salarial da educação em nível nacional, de acordo com a governadora, no mês de junho passaram a recebê-lo e tiveram um aumento de 34% do ordenado salarial. O resto da categoria, tanto ativos como inativos dos quadros da educação, deverá receber os 34% em setembro.

Questionada a respeito das declarações do secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, em entrevista veiculada na edição deste domingo de O Poti/Diário de Natal, em relação às greves no RN, que, de acordo com Paulo de Tarso Fernandes, seriam de cunho político-partidário, a governadora evitou comentá-las. Além de criticar os sindicalistas, Fernandes acusou a Federação das Indústrias (Fiern) de agir contra os interesses do Rio Grande do Norte e defender os empresários de estados do Sul/Sudeste.

Segundo a chefe do executivo , nos próximos quatro anos o governo pretende continuar negociando os ganhos salariais. 

"Porém, o governo não pode prometer o que não tem condições de cumprir", afirmou. Comparando com os anos de 2008, 2009 (em que os professores também fizeram greve, mas não conseguiram aumento) e 2010, quando o aumento foi de pouco mais de 7%, Rosalba afirmou que o governo estaria dando o maior aumento que a categoria já teve. "Sobre a greve, eu respeito o direito, mas ela não pode ser abusiva. Na hora em que ela é abusiva fere os direitos da população, que devem ser preservados. Nós temos que ver pelo lado das crianças e dos jovens que estão sem aula. Eles têm direito à educação e não podem perder o ano letivo", comentou.