Que ninguém se engane com os discursos melindrosos que estão sendo proferidos pelos principais integrantes da bancada de oposição ao prefeito Leonardo Rêgo (DEM) no Poder Legislativo. O novo gestor de Pau dos Ferros não terá vida fácil!
Em suma, a tônica das falas tem sido uma só: fazer oposição com responsabilidade e etc. Todavia, nos bastidores a conversa é totalmente diferente. Com maioria na Casa Legislativa e amplo domínio sobre a Mesa Diretora, os parlamentares oposicionistas intentam adotar a mesma resistência e combatividade que foi dispensada ao ex-prefeito Fabrício Torquato (PSD) na legislatura anterior.
Pelo que se comenta, Leonardo Rêgo enfrentará um grupo de oposição mais articulado e disposto a travar o andamento natural de sua gestão, bem ao estilo dos velhos "caciques" locais que, diga-se de passagem, fizeram questão de comparecer à posse dos novos integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal, numa clara sinalização de "demarcação de terreno".
Indo mais além, há até quem garanta que a utilização de palavras bonitas e comentários gentis por parte dos edis oposicionistas neste início de ano foi estrategicamente combinada, portanto, não passando de meros sofismas para despistar os mais incautos, pelo menos momentaneamente.
Em verdade, algumas pessoas já sabem e tantas outras desconfiam que a estrutura da Câmara de Vereadores deverá ficar mesmo é à disposição do grupo oposicionista, sob a supervisão atenta de Nilton Figueiredo e Maria Rêgo, ex-prefeito e ex-vice-prefeita, respectivamente.
Se a pressão institucional vai funcionar? Substancialmente acredito que não, até porque a população saberá perfeitamente diferenciar a fiscalização salutar às ações do Executivo daquela movida apenas pelo sentimento de revanchismo partidário. Então, a pressão popular deverá causar um efeito moderador sobre os parlamentares, sobretudo entre os novatos.
No entanto, apesar de não poder subestimar o potencial dos malefícios que poderão ser causados pelos seus desafetos, acredito que o prefeito Leonardo tem experiência de sobra para agir sabiamente conforme as situações lhe forem apresentadas, sejam favoráveis ou contrárias.
Na base do diálogo conciliador ou do brado retumbante, é certo que a reconhecida exímia oratória do Chefe do Executivo deverá ter uma importância crucial nesta sinuosa relação entre os poderes.
Mas, aguardemos pelo desenrolar dos acontecimentos...