O mistério de Wilma poderá representar uma ameaça aos planos do PMDB.


A Presidente Estadual do PSB e Vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, disse ao Jornal de Hoje que ainda não decidiu se apoiará um nome do PMDB para o governo do Estado. 

Dedicando as primeiras semanas de fevereiro a visitar as bases no interior do RN, onde tem mantido conversas com lideranças de vários partidos, a Ex-governadora do Rio Grande do Norte não confirma a aliança com o partido dos líderes Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Alves Filho. 

Entretanto, embora sem mencionar com quem, a socialista, que deverá coordenar o palanque de Eduardo Campos (PSB) no território potiguar, ensaia o discurso de "união" em favor do estado.

Indagada sobre a provável aliança com o PMDB, Wilma foi taxativa ao negar qualquer declaração, afirmando que ainda não há decisão. "Não vou dar declaração sobre isso, até porque, se tivesse alguma decisão, eu já teria declarado. Todo mundo se preocupa em saber quem vai ser o candidato, mas ninguém quer saber em unir esforços para tirar o RN do atraso", afirmou.

Comentário do Blog: O histórico político de Wilma de Faria fala por si e não precisa ser nenhum gênio para chegar a seguinte conclusão: quanto mais o PMDB demorar para decidir quem será o candidato a governador do partido, mais tempo sobrará para a "Guerreira" andar o estado todo e viabilizar-se como cabeça de chapa, em qualquer aliança.

Wilma sabe do potencial que o povo lhe conferiu, sabe que os Alves só terão chance de retornar ao comando do Executivo Estadual com a sua desistência e sabe que saindo candidata ao senado numa aliança que incluirá até o DEM de Agripino poderá complicar-se perante a opinião pública. Por isso, a hora é de adotar um discurso mais cauteloso.

Bem colocada nas pesquisas, a Ex-governadora tem tempo de sobra para rever posicionamentos ou mantê-los. Enquanto isso, não lhe fará mal algum persistir nas andanças estado à fora.

Ruim para o PMDB será se a "Guerreira" sentir que pode ganhar a eleição e resolver, de última hora, "apagar" tudo o que está sendo "riscado" dentro dos gabinetes.

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