Toda ajuda para Pau dos Ferros será bem vinda, mas Marianna Almeida terá que escolher entre apoiar os "aliados bolsonaristas" ou oferecer seu capital eleitoral para o PT do RN, em 2022.

Eu sou daqueles que entendem que nenhum gestor, principalmente os que assumiram seus respectivos mandatos em janeiro deste ano, pode rejeitar ou deixar de ir em busca de parcerias com deputados estaduais e federais, governadores, senadores e até do presidente da República objetivando, exclusivamente, angariar recursos públicos importantes para dar andamento às suas gestões, sobretudo os prefeitos que estão, em tese, mais perto da população. 

No entanto, mais cedo ou mais tarde, tais "favores" serão cobrados pelos mesmos que, agora, na frente das câmeras, dizem pensar somente no bem estar da coletividade. Todavia, lá na frente (eleições de 2022) deverão colocar em prática, na base da "chantagem de bastidores", a reciprocidade pública pelas ajudas que foram liberadas para beneficiar o povo. Na verdade, quando inicia-se o ano eleitoral as "faturas" aparecem em tom de cobrança semelhante ao dos agiotas mais mesquinhos.

Especificamente, no caso da prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida (PSD) vislumbra-se que os parágrafos anteriores enunciaram algo que poderá ocorrer em 2022, já que, verdade seja dita, embora ela esteja em busca de investimentos para o progresso do município que administra, a gestora tem se apresentado à mídia em clima bastante amistoso ao lado da governadora Fátima Bezerra (PT) em várias ocasiões, porém, neste momento em que está em viagem à Brasília, já apareceu ao lado dos "deputados bolsonaristas" de seu partido, deputado estadual Galeno Torquato e o deputado federal e ministro das comunicações - Fábio Faria), fato que suscita questionamentos diversos desde o mais simples eleitor até o político profissional com mais expertise.

Diante dos fatos narrados acima, e de outros encontros que deverão acontecer na agenda da prefeita Marianna Almeida, na capital federal, é certo que pelo menos dois questionamentos serão predominantes: quem terá o apoio da nova gestora de Pau dos Ferros em 2022? Os "aliados bolsonaristas" ou o Governo da petista Fátima Bezerra?

Nesta terça-feira (02), a Prefeita Mariana esteve em uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que em tempos de pandemia, é quem tem o maior "poder de fogo" para ajudar qualquer gestor. 

Quem proporcionou o encontro? Galeno Torquato e Fábio Faria.

Mas, poderá alguém de bom senso contrapor nossa argumentação asseverando que somente a pauta administrativa esteve em questão. Sabe de nada, inocente!

Quer dizer que em 2022, seja a "petista Fátima Bezerra" ou os "aliados bolsonaristas" já citados deixarão a gestora pau-ferrense livre para apoiar quem quiser, sem represálias e apenas movidos por uma boa vontade alicerçada no chamado "sentimento de espírito público"?

Ei! Acordem, estamos no Brasil e, até onde li nos livros de geografia, o Rio Grande do Norte também faz parte deste enorme país, embora seus representantes políticos sejam "anões" no modus operandi de fazer política.

Vai ter cobrança sim! Em 2022 radicaliza tudo! Ninguém poderá ficar "em cima do muro"! 

Fato: Marianna cedo ou tarde terá que alinhar-se mais claramente a um dos extremos que, por hora, lhe afagam sem cobranças mais explícitas.

O "abacaxi" poderia ficar para o início de 2022, mas já tem gente querendo descascá-lo agora!

Por enquanto, "empurra-se tudo com a barriga", o "jogo de cintura" será possível até mais um pouco à frente, mas que ninguém se engane: "o Cancão vai piar logo, logo".

Aguardemos... o tempo revelará o óbvio: a prefeita Marianna terá que se posicionar a favor apenas de um lado; neutralidade em política só existe no campo dos profissionais liberais. Isto é, quando eles não se comprometem em troca de favores.

Enquanto isso, são fotos para lá, mais poses para cá. Enfim, segue o estilo "caras e bocas" em quase todas as ocasiões, sejam pessoais ou institucionais.

A fotografia final só Deus sabe!