Em Pau dos Ferros, sepultamento de vítima de Covid-19 quase não acontece porque portão do cemitério estava trancado; familiares ficaram estarrecidos com descaso da Prefeitura.

Tente imaginar a dor da partida de um ente querido; agora duplique esse sentimento de perca pela morte ter sido ocasionada pelo coronavírus (Covid-19) e, em seguida, triplique na sua imaginação o sofrimento de vários familiares chegarem para sepultar o falecido e, pasmem, o portão do cemitério estar trancado com um grande cadeado.

Isso aconteceu em Pau dos Ferros, na noite desta terça-feira (15), por ocasião do falecimento do jovem José Irapuan Cavalcanti, mais conhecido como "Metal", que após ter o corpo liberado para o enterro, o cortejo fúnebre esbarrou no portão do Cemitério Parque da Saudade em virtude de um enorme cadeado estar impedindo a passagem de todos.

A revolta foi geral; a família ficou estarrecida e, até o fechamento desta matéria, não visualizei um pedido de desculpas da atual gestão pelo incidente que só aumentou a dor dos parentes de Irapuã, que era servidor do município, mas por negligência da atual gestão teve os seus últimos momentos lembrados de forma lamentável, sobretudo pelo seus parentes, amigos mais próximos e a sociedade em geral.

Só para se ter uma ideia do descaso, na hora da tentativa de entrar no cemitério, foi necessário o arrombamento do cadeado, tudo isso porque a Prefeitura de Pau dos Ferros não deixou um coveiro sequer de plantão para efetuar o serviço fúnebre.

Quem não respeita seus mortos não respeita nada; nem sequer a si mesmo.

Simplesmente, lamentável...