Contudo, se a expectativa era por um consenso pacífico, o que se seguiu revelou tensões latentes. Uma fonte presente na reunião relatou que a proposta inicial era a de uma votação simples para definir a nova mesa, já que a base da prefeita detém a maioria dos votos. No entanto, ao chegar à escolha do vice-presidente, a situação tornou-se conturbada.
Os vereadores demonstraram preferência por Aldaceia Oliveira (PT) para o posto de vice, mas o vereador Deusivan Santos (PSD) expressou sua oposição, reivindicando o cargo para si. O descontentamento do vereador foi notório, e ele chegou a ameaçar se desvincular da base e mudar para a oposição, criando um clima constrangedor durante a definição.
A vereadora Aldaceia, em um gesto que pode ser interpretado como uma busca pela manutenção da coesão entre os aliados, decidiu abrir mão de sua candidatura, destacando a importância da "unidade na diversidade". A atitude da petista pode ser vista como uma demonstração de maturidade política, já que visa preservar a harmonia entre os membros da base governista, em um cenário onde a fragmentação pode levar a uma governança ineficaz e tumultuada.
Já o vereador Deusivan Santos, que agora se encontra em uma posição
delicada, terá que justificar suas atitudes e recuperar a confiança de
seus colegas e, principalmente da população, se desejar permanecer relevante na cena
política de Pau dos Ferros. E nem adianta desmentir; tenho provas.
Entretanto, o que poderia ter sido um momento de celebração e unidade acabou revelando a vulnerabilidade das relações políticas dentro da administração de Marianna Almeida. Se, por um lado, a decisão de Aldaceia talvez evite um rompimento mais profundo, por outro, a insistência de Deusivan coloca em xeque a verdadeira força da base, que pode ser mais frágil do que aparenta.