Xandão diz: Não! Mas, o que está em jogo com a permissão negada a Bolsonaro para comparecer à posse de Trump?

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de não devolver o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro para sua participação na posse de Donald Trump, que acontecerá na próxima segunda-feira (20), levanta importantes questões sobre a relação entre Justiça e política no Brasil.


O STF justificou a proibição com a alegação de risco de fuga. Embora a ausência de Jair Bolsonaro não tenha um impacto imediato considerável, ela pode afetar as relações internacionais do Brasil. A não participação dele na posse de Trump, embora vista como uma questão interna, possui simbolismo e relevância diplomática, sugerindo que o Judiciário pode estar sendo utilizado para a perseguição política.

Alexandre de Moraes argumenta que a decisão visa evitar que Bolsonaro se esquive de responsabilidades legais, mas tal posição é questionável. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que não há interesse público na viagem, colocando em xeque a lógica de barrar líderes em eventos diplomáticos baseando-se em "meras suspeitas de fuga".

Essa situação reflete a politização crescente da Justiça, que, ao tentar proteger a democracia, pode transformar questões judiciais em disputas políticas, prejudicando a imagem do Brasil no exterior.

Assim, é crucial questionar se o sistema judiciário está se tornando um campo de batalha política, colocando em risco não apenas o futuro de Bolsonaro, mas também a credibilidade do Judiciário e as relações internacionais do país.