Talento na grama que não existe: Golaço de atleta nos jogos escolares do RN expõe o descaso no futebol pau-ferrense!


Em meio à alegria genuína do futebol escolar, um momento de glória individual no Estádio 09 de Janeiro expôs uma triste realidade coletiva. O golaço de bicicleta do jovem atleta Carlos Souza, fruto de talento e superação, foi um lampejo de esperança em um cenário desolador. Enquanto o jogador demonstrava garra para superar as adversidades de uma cirurgia, o campo onde ele brilhou mostrava o oposto: o retrato do abandono e da falta de zelo.


A imagem registrada nesta quinta-feira (14) e que está circulando nas redes sociais é paradoxal e dolorosa. A paixão pelo esporte se manifesta em uma jogada espetacular, mas a infraestrutura que deveria ser o suporte para esse talento está em ruínas. O Estádio 09 de Janeiro, que já foi palco de grandes disputas e glórias do futebol potiguar, hoje é uma pálida lembrança de seu passado. O que se vê não é um gramado, mas um solo seco, quase uma "terra batida", um convite à nostalgia e ao lamento.

A pergunta que ecoa é simples e, ao mesmo tempo, um tapa na cara: "Será que está faltando água em Pau dos Ferros?". Essa "ótica embaçada" de quem deveria cuidar do esporte da cidade é um desrespeito não apenas ao Estádio, mas aos atletas e à torcida que ainda sonha com a revitalização do futebol local.

É inaceitável que um equipamento esportivo tão importante chegue a esse estado de degradação. Não se trata de um problema de falta de recursos, mas de falta de prioridade e de visão.

O futebol pau-ferrense merece mais do que a simples nostalgia. É preciso que os responsáveis pelo esporte da cidade enxerguem além do próprio umbigo, usem os recursos disponíveis e devolvam ao Estádio 09 de Janeiro a dignidade que ele e a comunidade esportiva merecem.

Do contrário, o próximo golaço de bicicleta, em vez de ser uma celebração, será apenas mais um triste lembrete do que um dia já foi o nosso futebol.