A participação da prefeita Marianna Almeida (PSD) na missão oficial do Rio Grande do Norte à China, liderada pelo vice-governador Walter Alves (MDB), é um movimento que transcende a mera agenda política.
Para Pau dos Ferros, essa viagem precisa ser a materialização de uma busca real por investimentos e tecnologia, e não apenas uma vitrine de marketing para a gestão.
Em um país que negocia grandes contratos primariamente com o Governo Federal, a presença da prefeita, ao lado de outros líderes potiguares, funciona como uma carta de apresentação de alto valor político, projetando a imagem de modernidade e proatividade, essenciais para o xadrez eleitoral de 2026.
O eleitorado do Alto Oeste, contudo, exige mais do que fotos: o sucesso da missão será medido pela capacidade de traduzir o networking chinês em soluções concretas para o município, como investimentos em gestão de resíduos, tecnologia agrícola ou infraestrutura.
A verdade é que missões estaduais e municipais raramente fecham contratos imediatos; elas resultam em protocolos de intenção. O desafio prático de Marianna Almeida (PSD) é garantir que, nos próximos meses, esses contatos se transformem em projetos robustos, com segurança jurídica para o capital chinês.
Se a prefeita não retornar com um caminho claro para atrair recursos tangíveis, a viagem correrá o risco de ser catalogada como um palanque internacional inócuo, falhando no teste final: convencer o cidadão de Pau dos Ferros que a longa distância valeu a pena.