A recente manobra da oposição na Câmara de Rodolfo Fernandes, nesta sexta-feira (07/11), que bloqueou o Projeto de Lei nº 28/2025 - suplementação orçamentária de 12% para a prefeita Claudinha (PL) - está sendo promovida pelo portal RN Notícia como um ato heroico contra um "cheque em branco". Contudo, é fundamental examinar essa ação sob a ótica da boa política e do equilíbrio institucional.
O discurso do "cheque em branco" é uma tática política forte, mas simplista. Embora a fiscalização seja dever dos vereadores de oposição - Minervânio Menezes, Erinaide Negreiros, Ewerton Victor, Patrícia Gurgel e Ruan Dias (PP) -, o bloqueio sumário de uma suplementação legal e rotineira, sem esgotar as vias para obter transparência, sugere uma extrapolação do bom senso.
A consistência das críticas desde o início do mandato da prefeita levanta a suspeita de uma composição perseguidora que visa deliberadamente travar a gestão em seu primeiro ano.
Do ponto de vista da racionalidade política, a oposição está usando a prerrogativa de fiscalizar para impor uma agenda de paralisação, prejudicando a capacidade da administração de ajustar o orçamento e manter a fluidez dos serviços essenciais.
O verdadeiro contraponto está no impacto: a população, que tem se manifestado nas redes sociais em apoio à prefeita e reprovando a atitude dos vereadores, percebe que a rigidez excessiva e o excesso de litígio político apenas atrasam o desenvolvimento do município.
Um jornalismo ético deve expor que o objetivo final da oposição parece ser o desgaste político, e não a correção construtiva dos rumos da cidade.
