O cenário político do Rio Grande do Norte para as eleições de 2026 atravessa um momento de intensa ebulição, marcado por incertezas que podem alterar profundamente as alianças tradicionais.
O centro da crise reside na hesitação do vice-governador Walter Alves (MDB) em assumir o governo do estado caso a governadora Fátima Bezerra (PT) se desincompatibilize para disputar o Senado.
Informações recentes, reforçadas por falas do deputado federal João Maia (PP), sugerem que Walter estaria insatisfeito e preocupado com a situação fiscal do RN, o que o teria levado a abrir diálogos com setores da oposição, incluindo o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Essa movimentação coloca em xeque a continuidade da aliança PT-MDB e gera um clima de "água de reflexão" entre deputados estaduais, que já avaliam novas filiações partidárias diante de uma possível fragmentação da base governista.
Enquanto o governo tenta viabilizar o nome do secretário da Fazenda, Cadu Xavier (PT), as pesquisas de intenção de voto revelam um cenário desafiador para o grupo da governadora. Levantamentos realizados por institutos como Real Time Big Data e Consult mostram Allyson Bezerra na liderança, capitalizando sua popularidade em Mossoró, seguido de perto pelo senador Rogério Marinho (PL), que se consolida como o principal expoente da oposição bolsonarista.
Cadu Xavier, apesar de contar com o apoio oficial, ainda apresenta baixos índices e depende de uma vinculação mais forte com a imagem do presidente Lula para tentar chegar a um eventual segundo turno.
Com a desaprovação da gestão estadual atingindo patamares elevados, o cenário atual sugere que a esquerda enfrenta o risco real de isolamento, tornando o tabuleiro político potiguar um dos mais nebulosos dos últimos anos, com definições concretas previstas apenas para o início de 2026.
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