Mais que currículo: O que Getúlio Rêgo precisa para consolidar sua volta à política estadual?"


O cenário político do Rio Grande do Norte para as eleições de 2026 começa a ganhar contornos definidos, e um nome em especial volta a ocupar as discussões nos bastidores: o do ex-deputado estadual Getúlio Rêgo.


Com uma trajetória de dez mandatos consecutivos e uma vida dedicada à saúde pública, Dr. Getúlio é, inegavelmente, um patrimônio político do Oeste potiguar. No entanto, o caminho para um eventual retorno à Assembleia Legislativa em 2026 se apresenta como uma equação complexa, que exige muito mais do que o peso de um currículo histórico; demanda estratégia, presença e definições precisas.

Atualmente figurando como suplente pelo PSDB, Getúlio Rêgo mantém a cautela característica dos grandes líderes. Nos bastidores, ao ser questionado sobre a candidatura, ele tem reiterado que as definições reais só virão no primeiro semestre do próximo ano, possivelmente entre março e abril. Essa janela temporal é estratégica, pois envolve a escolha de um grupo político e, principalmente, de uma legenda que ofereça uma nominata competitiva e segura.

O ex-deputado se vê diante de um estado com cenário fragmentado, onde as forças se dividem entre o grupo da atual governadora Fátima Bezerra e a oposição com dois pré-candidatos ao Governo: Allyson Bezerra e Rogério Marinho. Definir onde o "estilo Getúlio" melhor se encaixa será o primeiro grande teste de sua nova jornada.

Para além das siglas, existe uma percepção clara entre analistas e eleitores de que o modelo de campanha de 2022 não será suficiente para o sucesso em 2026. Se na última eleição houve uma confiança natural no histórico de serviços prestados e na longevidade parlamentar, o pleito que se aproxima exigirá uma postura mais incisiva. 

O retorno de Getúlio Rego ao Parlamento estadual, caso se concretize, seria visto por muitos como um resgate da representatividade do Alto Oeste, região que historicamente encontrou nele uma voz firme em defesa dos hospitais regionais e da assistência social. Contudo, para que o ex-deputado volte a ocupar uma cadeira na Assembleia, será necessário "arregaçar as mangas" e consolidar apoios que hoje ainda flutuam no campo das possibilidades.