Pau dos Ferros: Fabrício Torquato resolve "dar as caras" e tenta articular chapas sem a presença de Nilton Figueiredo; inelegibilidade do médico é um "problema sem equação" até para os aliados.

Possivelmente encabulado pela derrota sofrida nas eleições de 2016, quando não conseguiu êxito nas urnas para o seu projeto de reeleição, o ex-prefeito de Pau dos Ferros, Fabrício Torquato (PSD), optou por "mergulhar no mar do esquecimento" do cenário político local, supostamente para tentar esquecer, talvez, o seu maior erro em sua curta trajetória política: "virar as costas" para o atual prefeito Leonardo Nunes Rêgo (DEM), que lhe ofertou prestígio político e suporte eleitoral para se tornar vice-prefeito (2009-2012) e, posteriormente, prefeito (2013-2016).

Página virada, agora, pelo que dizem, Fabrício Torquato teria resolvido "dar as caras" no processo de articulação da chapa oposicionista, objetivando unir as várias alas existentes no grupo de oposição à gestão municipal, "fazendo de tudo" e conversando nos bastidores com quase todos, aparentemente, no intuito de buscar uma convergência em torno de dois nomes viáveis tanto juridicamente quanto politicamente para, mais uma vez, enfrentar o prefeito Leonardo Rêgo, nas eleições de 15 de novembro, que já anunciou sua pré-candidatura à reeleição.

No entanto, de acordo com nossas fontes, o ex-prefeito Fabrício tem encontrado dificuldades para unir a oposição pau-ferrense; não só pela tarefa já ser um "problema de difícil equação", mas, também, pela forma atabalhoada que tenta articular um grupo repleto de pessoas com egos inflados e, unicamente, focados em um projeto político pessoal de busca pelo poder, sem corresponder as expectativas do eleitorado politizado de Pau dos Ferros que, a julgar pelas últimas quatro eleições, não quer de forma alguma que os caciques representantes da velha política local retome o comando do Poder Executivo.

Como se não bastasse todo esse emaranhado de ambições pessoais, em sua quase missão impossível de unir a oposição, "corre à boca miúda" que Fabrício Torquato e seus apaniguados já descartaram o apoio ao nome do ex-prefeito Nilton Figueiredo (PL), supostamente, em virtude da inviabilidade jurídica que barrará, lá na frente, a pré-candidatura "natimorta" do "Velho Figueiredo", que continua com a "Ficha Suja" para as próximas eleições. 

Diante deste cenário, uma verdadeira "muvuca" tomou conta das conversas de bastidores no grupo oposicionista que, de forma amadora, quase todo dia especula uma chapa diferente para enfrentar a solidez do grupo situacionista que, notadamente, está vários passos à frente, mais uma vez, da esfacelada oposição. 

No entanto, não pensem que Dr. Nilton Figueiredo "engoliu a seco" a verdadeira "rasteira política" que o ex-prefeito Fabrício Torquato pretende lhe dar; pelo contrário, o médico e, também, ex-prefeito continua "batendo o pé" e reafirmando que é pré-candidato a prefeito, ignorando completamente os "conchavos" e "articulações às escondidas" tramadas por quem recebeu seu apoio no pleito de 2016.

Segundo informações, o momento está tão crítico no grupo de oposição que, ao menos por enquanto, qualquer mesa deverá ser pequena para Fabrício e Nilton dialogarem, já que o "Velho Figueiredo" não aceita de jeito nenhum ser escanteado, principalmente, pelo filho da ex-vice-prefeita Maria Rêgo que, em verdade, só conseguiu viabilizar-se como candidato em 2016 com o apoio de Figueiredo.

Repetindo novamente a expressão que usei anteriormente para definir as indefinições no grupo de oposição; essa pantomima, pelo visto, parece caminhar para um desfecho com "fissuras" e "sequelas" políticas já esperadas. Resta-nos o saber o tamanho do estrago futuro.

Quem viver, verá! 

Aguardemos...