O tradicional "corpo a corpo", tenho certeza, imporá aos candidatos desafios enormes, inclusive até os riscos inerentes ao Covid-19, isto é; na cabeça de um candidato que deseja vencer o pleito a todo custo, sem se importar com gastar a sola do sapato, com a quantidade de saliva utilizada na argumentação individual junto ao eleitor e, também, até com o suor inevitável produzido pela correria dos dias finais de uma eleição de "tiro curto", mas, com desdobramentos para os próximos quatro anos; sejam para quem vencer ou perder. Espero que a população acerte na escolha.
No entanto, lamentavelmente, afirmo ser agora que cada eleitor é valorizado e visto, não só como um número de estatísticas de pesquisas eleitorais, afinal de contas, ser tratado como gente e não como uma mercadoria, é o que os mais politizados querem; já outros venderiam até a alma, se fosse possível. Tudo por causa de um favor ofertado agora, seja dinheiro em espécie, material de construção, pagamento de exames, contas de água, luz, internet e até a Netflix, se apurarmos direitinho.
Para quem é candidato a prefeito ou a vereador, inevitável será intensificar visitas e caminhadas. Alguns chegam a percorrer quilômetros de distância, diariamente, só para participar ativamente das atividades de campanha e, consequentemente, manter o contato direto com o eleitorado em suas comunidades.
Já ouvi de diversos candidatos vários relatos sobre esforços físicos em campanhas. "Muitas vezes a gente chega em casa e só dá tempo tomar um banho, comer e dormir. Mas, para vencer vale qualquer sacrifício", foi o que mais escutei nestes anos que acompanho o desenrolar das batalhas eleitorais.
O ritmo "alucinante" inclui várias visitas e reuniões em três ou quatro bairros por dia, e se o candidato não for, vem logo o seu concorrente e ocupa os espaços vazios.
Candidato que deseja ganhar, não tem hora para sair de casa e necessita aprender a dividir o tempo com a equipe de campanha e com os familiares que, detalhe: precisam entender a ausência necessária, porém, temporária do marido ou esposa, pai ou filho, avô ou avó, depende de qual membro da parentela está na disputa.
Até domingo é nesse sufoco que cada candidato terá que se esforçar, e sem direito a reclamações.
Como diz um velho ditado popular: "Quem não pode com o pote não pegue na rodilha."
Boa sorte, senhores e senhoras, que estão correndo atrás do eleitor!