Oficialmente, Walter justifica sua resistência em assumir o governo em 2026 com a estratégia de fortalecer o MDB, focando em uma candidatura própria a deputado estadual para puxar votos e aumentar a bancada do partido. No entanto, o vazamento dessas conversas com a oposição mudou o tom do debate.
Essa postura de "um pé em cada canoa" criou um clima de desconfiança no PT. Deputados governistas cobram fidelidade e avisam: se Walter não assumir o governo para dar continuidade à gestão, não terá o apoio petista no futuro.
O impasse é tão grande que a governadora Fátima Bezerra (PT) já avalia recalcular sua saída para o Senado, podendo permanecer no cargo para garantir a sucessão com um nome de confiança, como o secretário Cadu Xavier (PT).
Enquanto o grupo governista se desgasta com essas indefinições e Allyson Bezerra tenta atrair o MDB para seu projeto, o senador Rogério Marinho (PL) assiste a tudo de camarote. Como principal líder da direita no estado, Marinho aguarda o desenrolar dos fatos, pronto para capitalizar sobre a fragmentação dos adversários e consolidar sua própria caminhada rumo ao Governo do Estado.
No fim, o que está em jogo é se a estratégia de Walter Alves fortalecerá o MDB ou se o deixará isolado entre dois fogos.
