Editorial: Depois de "abandonar" nome de Dr. Inácio, "ala niltista" do PT deixa Mazzaropi fora do "circo" e segue insistindo em pré-candidatura "natimorta" de Nilton Figueiredo; pseudo união da oposição não passa de um jogo de encenação.

Oras, vejam só. Em Pau dos Ferros, o grupo de oposição ao prefeito Leonardo Rêgo (DEM) que, nas últimas quatro eleições municipais sofreram derrotas coletivas nas urnas, resolveram promover um reunião virtual para tentar unir um grupo de presidentes de partidos e pré-candidatos ao Executivo que, "quase todo mundo sabe", em virtude de seus interesses particulares, nunca se entenderam de verdade, mas, agora, querem fazer a população acreditar que à distância tudo mudou; o entendimento chegou e a paz reinou. Só que não!

Na verdade, o que está por trás da propagada reunião remota do grupo oposicionista, mediada por uma integrante do PT, existe uma cansada peleja do ex-prefeito Nilton Figueiredo (PL) de tentar emplacar sua pré-candidatura "natimorta" junto a outros postulantes de outros partidos que, detalhe: já sabem o que qualquer jurista poderá atestar ao realizar uma simples consulta aos processos relacionados ao nome do médico tanto no Tribunal de Constas do Estado (TCE/RN) quanto no Tribunal de Contas da União (TCU): inelegibilidade na certa!

O que pouca gente sabe, é que por trás deste jogo de encenação, está uma trama que envolve uma ala do PT de Pau dos Ferros que é mais afinada com o ex-prefeito Nilton Figueiredo e que, inclusive, recentemente, lançou e, rapidamente, "abandonou" a pré-candidatura do delegado Inácio Rodrigues, entregando-o à própria sorte, fato que o levou a desistir da postulação exatamente por perceber que a falta de um apoio partidário mais explícito estava o conduzindo para um provável insucesso em qualquer sondagem popular, altamente suspeita. Neste caso, prevaleceu a sagacidade de um bom investigador, que saiu de cena de forma civilizada, todavia, ciente das conspirações internas.

Depois disso, a ala "niltista" do PT de Pau dos Ferros, aparentemente, resolveu fazer piada com o humorista Mazzaropi, incitando-lhe a disputar o comando da Prefeitura. No entanto, um blog local ligado ao grupo de oposição, vazou que o nome do palhaço, que já foi candidato a vereador em duas eleições, faria parte apenas de um plano para, talvez, tumultuar o debate eleitoral; em outras palavras, promover um verdadeiro "circo". Entretanto, as "cortinas" parecem ter sido abertas antes do início do "espetaculoso enredo de encenações teatrais".

Dentro dessa complexa e intrigante rede de intrigas, supostamente manipulada nos bastidores por Nilton Figueiredo, restam duas peças no tabuleiro que estão atravancando o caminho do ex-prefeito para viabilizar sua pré-candidatura "natimorta" ou de um de seus descendentes (algo mais provável): Valderi Idalino (PC do B) e Salismar Correia (Solidariedade), duas figuras com perfis diferentes, porém, com a mesma ideia fixa: postular a cabeça da chapa oposicionista.


Valderi Idalino: Esforçado, o professor Valderi Idalino, que dizem já ter perdido uma eleição para grêmio estudantil no Centro Escolar Dr. José Fernandes de Melo, poderá sofrer um boicote do próprio partido, caso a engrenagem da "ala niltista" do PT faça uma articulação nos gabinetes de Natal. Desta forma, sua postulação deverá permanecer uma incógnita até o período de registro de candidaturas.

Salismar Correia: Sem ter muito o que perder, o cardiologista Salismar Correia (Solidariedade), que já estava quase convencendo a todos que a sua segunda vocação é receber salário como vice-prefeito, observação: na cidade que lhe for conveniente, parece querer que todos abracem a sua pré-candidatura, mesmo tendo passado a maior parte de seu tempo alheio a política de Pau dos Ferros e, notadamente, dedicando seu tempo à medicina e a candidaturas periódicas, a cada dois anos, seja como "batedor de esteira" para candidatos a prefeitos ou como postulante ao legislativo estadual e federal.

Diante de tudo que foi relatado acima, será que existe alguém com uma dose de dissimulação suficiente para atrelar qualquer adjetivo relacionado a unicidade em um grupo político cujos seus protagonistas visam o próprio umbigo? 

Por incrível que pareça, há sim, e está dando as cartas na "ala nilstista" do PT, que sequer chegou a eleger um vereador em Pau dos Ferros, mas por ter uma representante sentada na cadeira do Governo do Estado tem muito interesse em promover um ajuntamento de siglas para dar sustentabilidade ao nome de Nilton Figueiredo que, posteriormente, será substituído por um de seus descendentes ou apaniguado ainda desconhecido.

O que vem além disso é teatro, circo, fuxico... menos política de verdade.

A julgar pelos seus rivais, Leonardo Rêgo continua com o trabalho!