Fomos informados até que os assessores de Mariana Almeida agiram de forma conjunta para enviar aos blogs de maneira geral e, consequentemente, dar ampla publicidade a uma nota, na qual alega não ter recebido os documentos solicitados por meio de 11 ofícios, detalhe: todos protocolados junto a equipe de transição indicada pelo atual prefeito Leonardo Rêgo (DEM).
Vale salientar que tal fato foi veementemente rechaçado pelo coordenador da equipe e Secretário Municipal de Governo, Alexandre de Aquino Oliveira, por meio de uma nota de esclarecimento que, inclusive, foi divulgada em nossa página nesta quarta-feira (02/12).
Pois bem, diante da polêmica em torno do assunto, vamos analisar o seguinte cenário: a prefeita eleita Marianna está, pelo que entendi, buscando ter acesso a documentos que, de acordo com a Cartilha de Encerramento de Mandato, produzida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), apenas podem ser cedidos depois do ato formal de posse.
Pelo que me repassaram, existem outros documentos que ela tem total direito de receber e, pelo que apuramos, a atual gestão lhe entregará, porém, tem como prazo legal para efetuar essa entrega até o dia 31 de dezembro; dia exato em que finda o mandato do atual prefeito Leonardo.
Fazendo o papel da boa imprensa, recordo-me que, no ano de 2016, ocasião em que Fabrício Torquato ainda era o prefeito de Pau dos Ferros e, de modo semelhante, estava em vias de transmitir o cargo para Leonardo Rêgo, então reeleito prefeito, ocorreu um fato inusitado, tendo justamente a advogada Mariana Almeida como coordenadora da equipe de transição indicada pelo referido ex-prefeito e, portanto, com ela no centro das atenções.
O fato que me refiro foi que Leonardo Rêgo já empossado Prefeito e com mais 3 meses no exercício do cargo, vejam bem; teve que ingressar com uma Ação judicial através da Procuradoria do Município para ter acesso a dados e senhas de sistemas e contas pertencentes a Prefeitura de Pau dos Ferros, realidade bem diferente da atual.
A partir da reflexão acima sobre o fato inusitado do passado, surge uma indagação: qual o papel da prefeita eleita nesse roteiro? A resposta nos remete ao fato claro que a coordenadora da equipe de transição, a Dra. Mariana, não repassou a informação no prazo limite da transição naquela época, mas, agora, claramente, deseja fazer pirotecnia midiática para causar nas redes sociais.
Prestem atenção! A própria Mariana Almeida foi a advogada de Fabricio Torquato já no ano de 2017, que tentou livrá-lo de um processo traumático e desgastante, exatamente por não ceder informações, dados e senhas para a equipe de transição, indicada pelo então prefeito reeleito Leonardo Rêgo.
Para aqueles que pensam que o enredo deste "filme" não passa de um "conto de fadas", vou postar aqui no blog cópias das várias citações extrajudiciais, das sentenças e, também, da procuração que coloca Mariana Almeida como representante legal para defender o réu, o ex-prefeito Fabricio Torquato (PSD).
Mas, qual foi o resultado do imbróglio da má conduta passada? O ex-prefeito foi condenado a pagar as custas processuais, além de um valor de R$10.000,00 (dez mil reais), que já transitou em julgado.
O número do processo, para quem quiser fazer leitura inteira dos autos, é o seguinte: nº 0101167-05.2017.8.20.0108.
Tiro aqui uma lição importante dos fatos narrados: "Quem disso usa, disso cuida"!
Nunca um ditado popular fez tanto sentido na terra princesinha do Alto Oeste Potiguar.