Entre "ossos" e promessas: A política que nos "alimenta" com a indiferença do conformismo.


No complicado e muitas vezes escorregadio mundo da política, onde promessas e discursos se misturam como serpentes esperando a hora certa para agir, a expressão "osso de oportunidades" surge como uma imagem interessante e reveladora. 

Nesse cenário, os políticos, em suas campanhas e gestos amigáveis, oferecem esse "osso" ao povo - uma oferta disfarçada, onde a chance de mudar as coisas aparece como um presente, mas que, na verdade, vem cheia de segundas intenções e interesses próprios.

A ironia é que, mesmo que o "osso" esteja bem na nossa frente, muitos parecem não se importar em usá-lo. É como se estivéssemos diante de uma mesa cheia de promessas, mas cercada por um "muro de desconfiança" e desinteresse. Muitas pessoas aceitam esse osso sem questionar: será que tem realmente carne como esperam encontrar?

A crítica aqui se divide em duas partes: Primeiro, fala sobre quem oferece algo apenas para enganar, escondendo suas verdadeiras intenções e alianças, que geralmente não buscam o bem de todos, mas sim manter um poder que muitas vezes é corrupto. Em segundo lugar, se dirige à própria sociedade, que, em meio à desilusão, não consegue reagir e contestar essa oferta. Ao aceitar a acomodação e a indiferença, transformamos esse "osso" em um símbolo de conformismo.

Rói quem quer. Portanto, cabe a nós, como eleitores, perguntar: o que estamos realmente prontos para mastigar? Neste jogo de aparências, a escolha é nossa, mas a falta de um "cardápio" verdadeiro e saudável é uma armadilha que muitos preferem ignorar. Construir um futuro melhor não se trata apenas de aceitar o que nos oferecem, mas de buscar alternativas que sejam realmente boas.

Entre ironias e oportunidades, uma coisa é certa: o famoso "osso" só se torna alimento quando realmente o consumimos. Ignorar essa tarefa não é apenas uma desistência - é, na verdade, abrir mão do nosso papel ativo na construção de uma sociedade que realmente represente nossos desejos e necessidades. Portanto, não aceitemos o "osso" sem primeiro perguntar sobre a qualidade da carne que nos estão oferecendo.