A Justiça Eleitoral de Marcelino Vieira (RN) cassou, em primeira instância, os mandatos do prefeito Hindemberg Pontes de Lima, conhecido como Dibed (Podemos), e da vice-prefeita Juliana Emídia do Nascimento Costa (PL). A sentença, proferida pelo juiz Osvaldo Cândido de Lima Júnior, também declarou a inelegibilidade do ex-prefeito Kerles Jácome Sarmento, o "Babau", por oito anos.
Apesar da decisão, o prefeito e a vice-prefeita permanecem nos cargos por enquanto. Isso porque o recurso apresentado pela defesa tem efeito suspensivo, ou seja, garante que eles continuem no poder até que o caso seja analisado pelo colegiado de juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN).
Entenda o motivo da cassação
O magistrado concluiu que houve abuso de poder político e econômico durante a eleição de 2024. As irregularidades apontadas incluem: 1º - A contratação em massa de servidores e diaristas pouco antes do pleito, sem comprovação de necessidade. 2º - Um aumento "exorbitante" nas despesas com diárias a partir de julho do ano passado, conforme dados do Portal da Transparência.
A ação foi movida pela coligação "Marcelino Vieira para Todos", que teve como candidato o médico Geraldinho. Ele foi derrotado por Dibed por uma diferença de apenas 71 votos. O atual prefeito obteve 3.135 votos (50,57% dos válidos), enquanto seu adversário alcançou 3.064 votos (49,43%).
Se a decisão for mantida pelo TRE-RN, o presidente da Câmara Municipal assumirá a prefeitura interinamente, e o Tribunal convocará novas eleições para o município.