A prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida, está cumprindo uma missão oficial na China, onde realizou uma série de visitas técnicas a empresas globais de ponta em busca de soluções e investimentos para o município e o Alto Oeste Potiguar. O objetivo central é abrir diálogos para parcerias em inovação, sustentabilidade e tecnologia.
As visitas focaram em três setores cruciais. Na SUS Environment, a prefeita conheceu o funcionamento de usinas que convertem milhões de toneladas de lixo em eletricidade. Embora essa tecnologia represente uma modernização significativa na gestão de resíduos, é fundamental que a população saiba que sua adaptação à escala regional e sua implementação exigem alto investimento inicial, logística complexa e estudos de viabilidade rigorosos. A concretização dessa parceria depende, essencialmente, da capacidade do município de atrair financiamento sustentável.
No setor de segurança, a visita à Dahua Technology permitiu à gestora ter acesso a sistemas inteligentes de videomonitoramento e gestão urbana. Esse tipo de solução tecnológica para segurança pública e eficiência de trânsito apresenta potencial de aplicação mais imediata e pode ser implementado em fases. Contudo, seu sucesso está condicionado à garantia de recursos contínuos para a aquisição, manutenção dos equipamentos e o treinamento das equipes.
A agenda também contemplou a SANY, empresa líder em energias renováveis e maquinário pesado. A prefeita viu projetos de geração de energia limpa e equipamentos para infraestrutura. Aproveitando o potencial energético do Rio Grande do Norte, essa aproximação pode facilitar o acesso a tecnologias e equipamentos com condições de mercado mais competitivas. O êxito dessa frente dependerá da formulação de propostas concretas e do alinhamento com a política energética estadual.
Em resumo, a missão da prefeita estabelece diálogos estratégicos em busca de modernização. Contudo, é crucial manter a razoabilidade: os resultados práticos não são imediatos e estão condicionados a processos demorados de negociação, garantia de financiamento robusto e, principalmente, à capacidade da gestão de Pau dos Ferros de adaptar essas ambiciosas soluções globais à realidade financeira e operacional do Alto Oeste Potiguar.