A Câmara Municipal de Pau dos Ferros deu início oficial ao processo de eleição para a Mesa Diretora do biênio 2027/2028. A convocação, autorizada pelo presidente em exercício, vereador Deusivan Santos (PSD), durante a 31ª sessão legislativa desta terça-feira (04), está marcada para o dia 18 e cumpre a determinação do Regimento Interno que exige o pleito em novembro do primeiro ano de mandato.
A grande surpresa nos bastidores políticos da cidade não é a antecipação da eleição, mas sim a notável facilidade e rapidez com que uma chapa de consenso foi montada e aceita. Fontes da Câmara indicam que o vereador Gugu Bessa (PSD) será o candidato único e forte para a presidência, e já está, inclusive, em fase de pedidos de votos, ciente da quase inevitabilidade de sua vitória.
Essa tranquilidade contrasta fortemente com as expectativas iniciais. Nos corredores da política, era amplamente ventilado que esta eleição, por ser antecipada, poderia se transformar em um foco de tensão, arriscando até mesmo um racha entre os grupos políticos ligados à atual prefeita Marianna Almeida e ao ex-prefeito Dr. Nilton Figueiredo, com cada lado supostamente buscando impor seu candidato, o que daria margem para a articulação de uma chapa alternativa da oposição.
No entanto, o que se concretizou foi uma articulação cirúrgica e bem-sucedida. O grupo situacionista conseguiu não apenas neutralizar qualquer dissidência interna, mas também garantir a formação de uma chapa robusta e amplamente apoiada, que será composta por Gugu Bessa (PSD) para presidente, Galego do Alho (PSD) para vice-presidente, Professora Aldacéia (PT) como primeira-secretária e Sargento Monteiro (UNIÃO) como segundo-secretário.
Esta composição demonstra que o grupo conseguiu monopolizar ou, pelo menos, predominar no cenário político local, não deixando brechas para motivações de rupturas futuras. O cenário é tão favorável a Gugu Bessa (PSD) que ele já conta com o apoio declarado de membros da bancada de oposição, sinalizando uma "eleição fácil" para o segundo biênio 2027/2028.
Essa consolidação precoce da situação na Câmara - embora a política seja dinâmica e tudo possa mudar, sugere que o grupo situacionista não apenas garante o comando da Casa no próximo biênio, mas também fortalece sua posição para os desafios eleitorais futuros.
