Em Pau dos Ferros, os vereadores do grupo situacionista Eraldo Alves (DEM) e Tércia Batalha (PSB) parecem já ter escolhido um culpado pelas últimas polêmicas envolvendo o Poder Legislativo: o ex-chefe de Gabinete do Município, Alexandre de Aquino Oliveira.
Durante participação no programa "Opinião", da Rádio Obelisco FM, nesta sexta-feira (29), tanto Eraldo Alves quanto Tércia Batalha deixaram claro a aversão quanto a presença de Alexandre Aquino nos corredores da Câmara Municipal, inclusive, taxando-lhe com adjetivos pejorativos e deselegantes direcionados à sua imagem pessoal, de forma desnecessária. Intruso, estranho e desocupado foram os epítetos mais utilizados.
Vale salientar que, mesmo sem citar o nome, ficou claro para quem ouviu o programa que os dois edis fizeram referências negativas à pessoa de Alexandre que, na opinião deles, seria o grande mentor por trás das ações individuais dos vereadores oposicionistas.
Ademais, Eraldo e Tércia insinuaram que a bancada governista só voltará a aprovar os requerimentos dos colegas opositores se o presidente Gilson Rêgo (DEM) delimitar a entrada do ex-chefe de Gabinete da gestão Leonardo Rêgo na Casa Legislativa, o que é algo absurdo, porém, "compreensível" diante da fúria demonstrada pelos parlamentares veteranos.
Na minha humilde opinião, em verdade o que Eraldo e Tércia tentaram fazer hoje na Rádio Obelisco foi eleger um "culpado" para justificar o desgaste sofrido pela bancada governista na última sessão, tendo em vista a enorme repercussão negativa nas redes sociais.
Já quanto ao desejo dos ilustres vereadores de manter Alexandre Aquino distante da Câmara Municipal atribuo à uma espécie de rejeição desmedida para com pessoas ligadas ao ex-prefeito Leonardo Rêgo. Ou seja, perseguem diretamente um para atingir indiretamente o outro.
Mas, questiúnculas políticas à parte, é bom lembrar aos nobres edis que nenhum cidadão pode ser proibido de ter acesso à sede do Poder Legislativo, tradicionalmente denominada de: Casa do Povo.
Portanto, problemas pessoais, interesses individuais ou quaisquer que sejam as motivações externas não devem servir como desculpas para tentar cercear o direito constitucional dos cidadãos, justamente no local onde deveria ser preservado o respeito à democracia.
Em suma, é isto.