Declarações da Governadora sobre possível apoio à Presidente Dilma não foram bem "digeridas" pelo Senador Agripino.


A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) afirmou ontem, em entrevista ao Jornal de Hoje, que em 2014 irá votar em que for o melhor candidato para o Brasil. "Olhe, eleição só em 2014. O que eu disse e repito é que vou votar no que é melhor para o Brasil", afirmou.

Em entrevista à Tribuna do Norte, Rosalba ressaltou a importância do apoio federal ao seu governo e, ao ser provocada sobre apoio à presidente Dilma Rousseff, a chefe do executivo estadual afirmou que poderá apoiá-la, "se for o melhor para o Brasil". É a primeira vez que a governadora admite votar na presidente Dilma, arquirrival do presidente nacional do seu partido, o senador José Agripino Maia (DEM).

Quem adorou a declaração da governadora foi o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, que disse que já esperava isso da governadora Rosalba. "Eu já esperava por isso e fico muito feliz. O PMDB quer a reeleição de Dilma e todos os votos que puderem ajudar, acho que é importante, sobretudo numa relação respeitosa que ela (Rosalba) tem hoje com a presidente Dilma".

Já quem parece não ter ficado satisfeito com a sinalização de apoio de Rosalba a Dilma foi o senador José Agripino Maia. Após a reunião desta segunda na Assembleia Legislativa, o Jornal de Hoje questionou o senador sobre a declaração de Rosalba, tendo ele afirmado que não viu.

A reportagem mostrou o jornal com a notícia ao senador, que preferiu silenciar e dizer para que o jornal perguntasse a Rosalba e não a ele. "Não vi, não vi. Pergunta a ela. Ela está aqui do lado", disse o senador, sem querer se pronunciar sobre o assunto.

Para o líder do governo na Assembleia Legislativa, Getúlio Rego, porém, o apoio de Rosalba à reeleição de Dilma Rousseff é "natural, depende da conjuntura, se ela está sendo bem tratada pelo governo federal". 

Para Rego, "essa possibilidade é absolutamente compatível. Desde que o RN continue a merecer o tratamento republicano que foi estabelecido". Contudo, segundo o democrata, "do ponto de vista, partidário, é uma questão que não foi ainda analisada".

Informações do Jornal de Hoje