Secretária de Administração, Eliriane Pinheiro, vê despreparo nos integrantes da Mesa Diretora da Câmara e lamenta atraso do concurso público.


Em razão de notícias divulgadas pela Câmara Municipal de Pau dos Ferros a respeito do Projeto de Lei Complementar nº 1619/2015 enviado à Casa Legislativa pelo Poder Executivo, e da realização do concurso público do município, a prefeitura através da Secretaria de Administração (SEAD) decidiu tornar de conhecimento público alguns esclarecimentos.

De acordo com informações enviadas pela assessoria de comunicação, o município não compreende em que momento prejudicou os candidatos que irão disputar o certame, ao enviar um projeto de lei para criação de novos cargos efetivos para o quadro de pessoal, uma vez que dá total legitimidade e legalidade ao processo, resguardando o direito dos futuros candidatos.

Segundo a Sead, não houve nenhum descumprimento por parte do Executivo, tendo em vista que os procedimentos para a realização do concurso público estão apenas em fase inicial, outras etapas se seguirão. 


"Vi nesse ato do poder Legislativo um despreparo da mesa diretora da Câmara Municipal, que ao invés de estar discutindo um projeto de lei de suma importância para toda a sociedade, estava em plena sessão debatendo o regimento interno da casa, pois a mesma já deveria ter conhecimento profundo das normas legislativas", disse a Secretária Eliriane Pinheiro.

De acordo com a titular da pasta da Administração, o envio do projeto de lei em regime de urgência especial ao Legislativo aconteceu mediante a redução crescente do número de servidores municipais, tendo como consequência a necessidade urgente de um concurso público para dar continuidade e eficiência aos serviços prestados à população. 


"O projeto não ter sido votado em caráter de urgência, que é uma prerrogativa do Executivo, irá atrasar todas as fases de realização do certame, tendo em vista que há normas e prazos a serem cumpridos dentro de qualquer processo seletivo", lamentou Eliriane. 

A Secretária revelou que a primeira instituição a ser procurada para aplicar o concurso foi a Comperve, porém, devido a um débito deixado pela gestão anterior não foi possível efetivar a contratação.

O município, visando atender as necessidades do quadro administrativo de pessoal, afirma que o contrato com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) possui legalidade jurídica para organização e realização de um concurso público de provas e títulos, haja vista ser uma instituição pública sem fins lucrativos e incumbida estatutariamente da pesquisa, do ensino e do desenvolvimento.

Vale ressaltar que além da UEPB, a Sead procurou analisar com minúcia outras instituições públicas, a exemplo da Comissão Permanente do Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (COMPERVE/UFRN) e da Fundação de Apoio ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

Segundo a Secretaria de Administração (SEAD), a primeira instituição a ser procurada foi a Comperve, porém não foi possível realizar contratação por existir a tramitação de um processo judicial com o município, ainda referente ao concurso de 2008, realizado pela gestão anterior, a qual não efetuou o pagamento da instituição contratada. O que fez com que a Comperve não demonstrasse interesse na organização do concurso público municipal de Pau dos Ferros. 


"O compromisso da gestão é dar transparência e eficácia a todas as etapas do concurso, dando publicidade a todos os atos envolvidos no processo. Iniciamos com a contratação da instituição e daremos continuidade com a publicação do edital elaborado pela UEPB, momento em que se tornará público todas as etapas do certame", destacou Eliriane Pinheiro.

Acreditando ser de interesse comum do Pode Legislativo dar continuidade à prestação de serviços qualificados à população, o município espera compromisso e celeridade nas análises dos projetos de lei de iniciativa do Executivo que tenham como principal beneficiado o povo pau-ferrense.

Entenda o caso

O Projeto de Lei Complementar nº 1619/2015 enviado pelo Executivo pau-ferrense à Câmara Municipal solicitava a criação de 17 novos cargos de natureza efetiva. Na sessão ordinária desta quinta-feira, 12, mediante votação de apenas quatro parlamentares, foi negado o regime de urgência especial ao projeto.