Em Pau dos Ferros, deu a lógica: Leonardo Nunes Rêgo (DEM) confirmou o seu favoritismo, fruto do legado administrativo de suas ações enquanto gestor, e suplantou nas urnas o seu ex-aliado, prefeito Fabrício Torquato (PSD), que, agora, está pagando um preço alto por ter virado as costas para aqueles que o elegeram em 2012.
Leonardo Rêgo obteve 8.589 votos (51,07%) enquanto que Fabrício Torquato alcançou 8.202 sufrágios (48,77%). Portanto, uma maioria apertada de 387. Coincidentemente, uma margem idêntica às que consagraram o novo prefeito eleito em disputas anteriores, como nos anos de 2004 e 2008.
Já a candidatura "café com leite" de Juscelino Rêgo (PMB) só conseguiu iludir apenas 26 eleitores.
Consagrado pela população para assumir o comando administrativo de Pau dos Ferros pela terceira vez, a partir de janeiro de 2017, Leonardo pode bater no peito e dizer abertamente que não derrotou apenas o atual prefeito, mas, também, todo o grupo político do ex-prefeito Nilton Figueiredo (PMDB), que colocou a filha, jovem médica Lara Figueiredo (PMDB), para estrear na política de forma fatídica, já que o projeto de reeleição do atual prefeito não passou de um tremendo "barco furado".
Por falar em Nilton Figueiredo, este ano o "cacique" peemedebista se superou do ponto de vista negativo, quando protagonizou uma campanha de extremo baixo nível em cima do palanque. Só para se ter uma ideia, apesar de sua enorme ficha negativa nos tribunais de contas, o ex-prefeito chegou a atingir a honra de Leonardo Rêgo taxando-o com adjetivos impronunciáveis, algo que soou como um reflexo de descontrole emocional por parte do "líder" bacurau.
Mas, sem dúvidas, ninguém será tão lembrado nestas eleições municipais aqui na "terra dos vaqueiros bravios" quanto o deputado estadual Galeno Torquato (PSD), que fez de tudo para eleger o primo Fabrício Torquato, mas esbarrou na liderança do deputado Getúlio Rêgo (DEM).
Conhecido pela sua forma rústica de discursar, Galeno extrapolou os limites do bom senso em solo pau-ferrense quando em diversas oportunidades desta campanha se referiu a Leonardo com o epíteto "tampa de furico", que até serviu para deixar alguns insensatos mais eufóricos. Porém, tal indelicadeza foi encarada como bastante vulgar pelos cidadãos de bem.
Inclusive, com o resultado do pleito favorável a Leonardo, observa-se que, como num "efeito bumerangue", parte do que foi dito por Galeno acabou retornando para ele mesmo, já que muitos começaram a dizer que o parlamentar do PSD achou a "tampa" que precisava em Pau dos Ferros.
Ironias à parte, claro que são meros causos contados pelo eleitor. Enfim, trata-se apenas de uma gozação típica do povão, mas que só veio a existência em virtude do destempero desnecessário de alguns.
Em suma, é o que temos a relatar de início.
