Por mais absurdo que possa parecer, há quem diga que os esclarecimentos tardios do governador Robinson Faria (PSD) quanto ao possível fechamento de sete hospitais regionais do estado foram milimetricamente calculados.
Segundo os defensores dessa tese criativa, ao permitir a propagação do caos momentâneo na saúde, Robinson Faria teria trabalhado por duas vertentes de uma vez só, estrategicamente:
1º - chamou a atenção da população para um problema antigo na área da saúde, que posteriormente ele justificará ter herdado dos gestores anteriores, e 2º - , ao mesmo tempo, apresentou uma "solução mágica" para um assunto complexo que ganhou uma repercussão colossal na imprensa potiguar e redes sociais.
1º - chamou a atenção da população para um problema antigo na área da saúde, que posteriormente ele justificará ter herdado dos gestores anteriores, e 2º - , ao mesmo tempo, apresentou uma "solução mágica" para um assunto complexo que ganhou uma repercussão colossal na imprensa potiguar e redes sociais.
Desta forma, além de imaginar ter conquistado uma "coroa de louros" por se apresentar como um gestor cuja capacidade resolutiva está acima de qualquer entrave, Robinson ainda teria deixado no ar a impressão de que poderá fazer o mesmo com a problemática inerente ao atraso salarial dos servidores, algo que, inclusive, é considerado por muitos como o maior obstáculo para o projeto de reeleição do Chefe do Executivo estadual.
Por outro lado, tem quem duvide em demasia que o governador possua "o mínimo arrumação intracromossomial específica" (parafraseando citação do saudoso Dr. Enéas Carneiro) para elaborar e desenvolver tamanha engenhosidade intelectual.
Nesta corrente de pensamento, impera a opinião de que as condições adversas geradas pelo governo são pelo próprio atabalhoamento característico do gestor atual, não por causa da adoção de estratégias mirabolantes, até pelo fato de serem bastante arriscadas.
Em verdade, apesar de se mostrar um tanto quanto atrapalhado, o fato é que, diante do cenário que vislumbramos para 2018, os nomes colocados no tabuleiro para tentar contrapor o perfil de Robinson Faria ainda não dão um embasamento suficiente que nos permita arriscar uma opinião que assevere, categoricamente, um quadro de irreversibilidade no desgaste político que aflige o governador.
Mas, seja como gênio ou atabalhoado, Robinson vai ter que dizer a que veio rápido!
Por enquanto, sua gestão é capenga.