No Alto Oeste, gestores de cidades menores protagonizam em espaço antes ocupado apenas por prefeitos de municípios mais populosos.

Pelo que temos observado no Alto Oeste, paradoxalmente, são os gestores das cidades menores que estão aparecendo como protagonistas em matérias relacionadas a inaugurações de obras, conquistas de recursos para investimentos futuros, organização financeira, gestão de pessoal e outros atos inovadores e que tem tirado do anonimato muitos prefeitos que, talvez, nunca pudessem imaginar que seriam citados como verdadeiros exemplos de eficiência administrativa para os demais.

Prefeitos como Aldolfo Silveira (Francisco Dantas), Klébia Bessa (Taboleiro Grande) e Thales Fernandes (Major Sales) são três gestores que exemplificam bem essa nova tendência que, guardadas as devidas proporções, acaba ofuscando os mandatários de municípios bem mais populosos como Pau dos Ferros e São Miguel.

É bem verdade que não há como comparar a complexidade dos problemas enfrentados pelos municípios considerados de grande porte em contraste com aqueles bem menores. 

Contudo, quando a argumentação é concernente à agilidade no tocante a liberação de recursos e andamento de projetos ou obras estruturantes, fica a impressão de que em algumas cidades o prestígio político desses gestores junto aos governos Estadual e Federal não tem sido medido pelo aspecto quantitativo, mas sim pelo caráter qualitativo.

Mas, será que essa realidade discrepante incomoda os gestores das cidades maiores? 

Deveria, pois, apesar dos entraves burocráticos existirem em maior quantidade nos municípios mais populosos (seja por herança maldita ou escassez de verbas), o montante de recursos liberados são bem mais vultosos. Isso sem falar nas cidades que possuem seu próprio sistema de arrecadação tributária.

Observações à parte, não se pode tirar o mérito daqueles gestores que, apesar das limitações geográficas e financeiras de seus respectivos municípios, conseguem elevar o patamar de suas cidades a uma condição de destaque no cenário regional.

Bons exemplos devem ser seguidos, não questionados.

Simples assim.