Editorial: Protagonismo de Julianne Faria incomoda classe política e gera inquietação na mídia que faz oposição pessoal ao Governador.

Com todo respeito ao estado civil de casada da primeira-dama do Estado, enxerga-se que, indubitavelmente, no aspecto estético a atual secretária estadual de Trabalho e Assistência Social, Julianne Faria (PSD), é uma mulher de "arrasar quarteirão". Trata-se de uma belíssima representação da beleza feminina atuando no campo político-administrativo do RN, ambiente geralmente dominado por varões de semblantes sisudos, barrigudos e engravatados.

Todavia não é só o rostinho bonito de Julianne Faria que está causando 'espasmos involuntários' na classe política tradicional e até mesmo gerando inquietação na mídia ligada ao peemedebismo que, vergonhosamente, pratica um jornalismo de oposição quase que pessoal à figura administrativa do governador Robinson Faria (PSD).

O protagonismo de Julianne Faria à frente da Sethas tem revelado que, além de bela e delicada, a esposa do governador tem demonstrado bastante fibra para tocar programas inovadores como o "Café do Trabalhador" e ampliar outros importantes como o "Restaurante Popular". Isso sem falar na notável atuação da primeira-dama no campo da articulação política junto as lideranças do RN, com ou sem mandato.

Só que... 

Ao que parece, o 'brilho' de Julianne tem incomodado demais aqueles que torcem a todo custo contra o atual governo, inclusive, ao ponto da secretária ver seu desempenho virar motivo de um duro pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa por parte do deputado Kelps Lima (Solidariedade), parlamentar conhecido por gostar de aparecer demais nas redes sociais, mas que, agora, resolveu acusar a titular da Sethas de tentar se promover politicamente.

Indo mais além, Kelps Lima insinuou que Robinson Faria estaria promovendo a esposa objetivando lançá-la candidata nas eleições do próximo ano, supondo até que o governador desistirá de entrar na disputa pela reeleição.

Trocando em miúdos, o deputado Kelps socializou apenas o que nos bastidores muitos oposicionistas já comentam, em tom de preocupação: a imagem de Julianne Faria é um raríssimo 'trunfo midiático' do governador para suavizar o desgaste de sua gestão, até aqui amplamente reprovada pelos potiguares.

Concluindo...

Obviamente, o Chefe do Poder Executivo não deve e nem pode utilizar a máquina pública para promover-se direta ou indiretamente, ou através de terceiros. Contudo, seria muita inocência por parte de alguns imaginar que Robinson não seguiria o conselho de seus marqueteiros para aparecer mais ao lado de Julianne que, verdade seja dita, tem se revelado em uma das poucas e gratas surpresas positivas deste fraquíssimo governo. 

Se por um lado existem muitos setores em que o Governo Robinson deixa muito a desejar, em outros, como na área social, há exemplos de avanços inegáveis. Na verdade, entendo a ascensão de Julianne Faria mais como consequência de seu trabalho, do que como resultado de um elaborado trabalho de marketing institucional. Claro que estes profissionais ajudam, mas não fazem milagres no serviço público.

Entender é necessário, aceitar é discutível, pois vivemos sob a égide de princípios democráticos. No entanto, queiram alguns ou não, o governador tem uma esposa bela, atuante e simpática. Se isso lhe beneficia politicamente? Claro que sim. A vida conjugal é indissociável em vários aspectos, o campo político não seria uma exceção.

Agora, pressupor que tal fato garantirá a sobrevivência política do marido de Julianne tanto pode ser considerado como otimismo demais por parte dos governistas, quanto pessimismo demais demonstrado pelos integrantes da oposição. 

Deixando claro que não fui escalado para fazer a defesa da primeira-dama, e muito menos pretendo me dispor para exercer essa até fácil missão, finalizo pontuando que observo toda essa polêmica em torno do destaque político da secretária Julianne Faria como reflexo de um latente temor dos adversários do governador Robinson Faria ante a possibilidade de sua reeleição. Afinal, apesar de sua imagem como gestor estar em frangalhos, nunca é demais lembrar que ele é quem está com a "caneta na mão".

Desta forma, é mais do que compreensível que o grupo (ainda desorganizado) de oposição tenha escolhido a opção de tentar "arranhar" a imagem da primeira-dama como forma de atingir o governador. Contudo, caso a estratégia não dê certo, relembrando um velho adágio: o "tiro" poderá sair pela "culatra".

Todo cuidado é pouco. Quem avisa, amigo é!