Estudo do Sebrae revela que microempresas abriram mais de 11 mil novos postos de trabalho no RN.

Os pequenos negócios são fundamentais para a economia do Rio Grande do Norte, assim como de todo o país, e, se ainda restavam algumas dúvidas sobre esse aspecto, o ano de 2020 tratou de dissipá-las. As microempresas potiguares foram as únicas a abrir novas vagas no estado, em um ano marcado por crise severa, alto índice de desemprego e negócios de portas fechadas.

As informações fazem parte da Análise da Evolução do Mercado de Trabalho Formal, um estudo do Sebrae no Rio Grande do Norte baseado nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, que traça um panorama completo do mercado de trabalho no estado em 2020, integrando a série histórica 2011-2020. O levantamento traz análises detalhadas da conjuntura do emprego no Brasil, no Nordeste e no Rio Grande do Norte.

As microempresas geraram 11.084 novos postos de trabalho com carteira assinada, o que minimizou o impacto negativo das organizações de demais portes e contribuiu decisivamente para o Rio Grande do Norte encerrar o ano com um saldo de 1.769 novas vagas, mesmo com os déficits das demais empresas.

Segundo o estudo do Sebrae, as microempresas também foram as grandes responsáveis pela expansão do emprego e pela formação do saldo positivo atingido no final do ano, que as pequenas, médias e grandes empresas fecharam 2020 com déficits de 2.933 empregos, 4.599 vagas e 1.829 empregos respectivamente.

Ao longo dos 12 meses do ano passado, foram admitidos no RN 137.454 trabalhadores e desligados 135.685, gerando um ganho positivo de 1.769 novas vagas. Até dezembro, 429,3 mil potiguares estavam com um emprego formal, sendo que mais de 205 mil deles estão empregados na capital potiguar.

Como 2020 foi um ano atípico, o Sebrae também decidiu analisar os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na jornada de trabalho. Entre abril e dezembro de 2020, foram firmados no Brasil 2,9 milhões de pactos para redução da jornada de trabalho e, proporcionalmente, de salários, na ordem de 25%; 3.806.485, ajustaram redução de 50%; para 4.400.966, a redução foi de 70%. Cerca de 8,7 milhões de pessoas tiveram os contratos de trabalho suspensos, recebendo uma remuneração à custa do Tesouro Nacional. 

No caso do Rio Grande do Norte, segundo o levantamento, foram realizados mais de 289 mil acordos entre empregados e patrões a partir das regras do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda – Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). O RN foi o quarto do Nordeste que mais recorreu a essa modalidade para assegurar a vaga e não ter de demitir o trabalhador, ficando atrás da Bahia, Pernambuco e Ceará.