Styenson Valentim não é o mais "preparado" dos candidatos ao Governo, mas Senador não anda na "garupa de caciques" e poderá promover uma mudança administrativa radical no Estado.

Sua eleição para o Senado Federal nas eleições de 2018 foi encarada como um verdadeiro "furacão" de protesto do eleitor potiguar nas urnas, que naquela eleição já estava cansada das mesmas caras, os mesmos nomes e os mesmos caciques sendo eleitos em nome das velhas oligarquias do RN ou apoiada por elas.

Passados quase quatro anos, praticamente nada mudou. O povo está mais do que cansado, está desacreditado da classe política tradicional, sobretudo no que se refere aos ocupantes de cargos no Executivo, que conduzem o Rio Grande do Norte com as mesmas práticas do passado; sem avanços, choque de gestão, ausência de investimentos relevantes e, só para se ter uma ideia: o grande feito da atual governadora, Fátima Bezerra (PT), foi gastar quase o mandato inteiro para colocar a folha dos servidores em dia, o que não passa de uma mera obrigação institucional.

Tenho certeza que o nosso Estado merece mais, muito mais. E, particularmente, não acredito que haverá uma mudança radical administrativa com os nomes apoiados pelos "assaltantes dos cofres públicos da esquerda petista ou comunista", tampouco pelos candidatos que até teriam um certo potencial técnico para gerir o RN, porém, os conchavos e acordões de bastidores firmados agora, possivelmente levará  a gestão estadual à mesma letargia atual, certamente pela falta de autonomia política de quem tem "rabo preso" com a turma do "toma lá, dá cá".

Como profissional da comunicação tenho a responsabilidade de não interferir nas escolhas dos meus webleitores, o voto é livre; devo apenas informar ou opinar, claro, respeitando as normativas da Justiça Eleitoral. 

No entanto, como cidadão tenho muito desejo de expressar que eu gostaria de ver o eleitor potiguar "dando um chute no traseiro" dos que integram os grupos poderosos tradicionais e, pelo menos uma vez, arriscar ou apostar em um nome novo; seja Styenson, Clorissa ou até mesmo outros, mas que todos deixassem a emoção ou compromissos financeiros convenientes em segundo plano por uma causa maior: o bem da coletividade.

Não se trata de brincar com o poder do voto, mas redirecionar este poder democrático, nem que na próxima eleição precisemos utilizar esta arma novamente. Melhor perseverar lutando pelas mudanças necessárias do que viver à margem da estagnação.