Sem comemorações em 2024, Evangélicos de Pau dos Ferros vão ter que esperar pelos "ventos da bonança" em 2025.

O segmento evangélico em Pau dos Ferros enfrenta um dilema complicado. A ausência de um planejamento estratégico para 2024 revela desorganização e uma ligação excessiva entre as lideranças religiosas e a política. A dependência de emendas parlamentares para realizar eventos nas igrejas levanta questões sobre a autenticidade espiritual das comunidades evangélicas.

A falta de planejamento prático é um sinal claro de uma oportunidade perdida de unir a comunidade em ações significativas. O Conselho de Ministros Evangélicos de Pau dos Ferros (COMEP) deveria liderar esses esforços, mas acaba esperando pela ajuda de caciques da política local, estadual e nacional, o que diminui sua autonomia.

Este ano, por exemplo, não haverá eventos comemorativos, sendo que as próximas celebrações só estão previstas para 2025, possivelmente com uma atração que custará mais de 200 mil reais, mas que não é reconhecida no cenário nacional. Essa situação ressalta ainda mais a necessidade de um planejamento eficaz e de uma visão independente das lideranças.

Além disso, o COMEP tem um papel fundamental como porta-voz das igrejas evangélicas, trazendo informações importantes para a comunidade. No entanto, quando um comunicado provém da prefeitura em vez dos líderes religiosos, isso indica que eles podem estar mais ocupados com acordos políticos do que em atender às reais necessidades da comunidade.

Em resumo, o segmento evangélico em Pau dos Ferros precisa urgentemente se reposicionar e voltar ao foco da fé, atendendo às necessidades espirituais e sociais sem depender da política. As igrejas têm um grande potencial para fazer a diferença, e os líderes devem usar essa oportunidade de maneira autônoma, sem se deixar levar pela política, que pode obscurecer sua missão.

Enquanto isso, como um consolo, resta aos evangélicos aguardarem pelos "ventos da bonança" em 2025, um futuro que pode trazer renovação e esperança para suas ações e propósitos. É hora de lembrar que a verdadeira missão do evangelho vai além das divisões políticas e busca promover amor e serviço à comunidade.